9.8.03

Praias

Ainda não fui de férias, ainda não fui à praia. Já trouxe aqui a praia, que entre banhos e trabalhos escreveu alguns textos muito interessantes sobre João Pulido Valente, que - confesso - só agora descobri.

Também só descobri agora a Livraria Francesa. Pelos jornais. O Eduardo Prado Coelho lamentou no Público o seu iminente fecho. E na blogosfera houve quem aproveitasse para zurzir na matéria. Pacheco Pereira, por exemplo, que lamenta a mentalidade estatizante na defesa que EPC faz da Livraria (e tem pena de não ter uma livraria inglesa ou americana à mão - será por que os tipos não nos ligam nenhuma?). Au contraire, o blog-de-esquerda lamenta a perda. Eu que venho de uma cidade onde as livrarias eram anexos de papelarias, lamento o fecho de uma livraria, em francês ou português ou inglês. Há praias que não se deviam perder.

Retiro da estante a bela edição de «As praias de Portugal» de Ramalho Ortigão (Frenesi, 2002). E viajo até à Costa Nova, entre as «praias obscuras» para o escritor, outros pontos adequados à instalação de uma família em uso de banhos. O apontamento é breve - as memórias imensas (intensas): frequentada por algumas famí­lias de Aveiro e seus subúrbios.