Insisto no tema. Afinal, esta nova Cibertúlia é um blogue. Escrevo este "post" no escritório de casa - melhor: no aproveitamento que fizemos da varanda :) -, onde tenho armazenadas três capas de argolas com cópias dos mails que trocámos quando a Cibertúlia era apenas uma "mailing list" em risco de se confundir com o "spam" que recebemos todos os dias...
Pedro Rolo Duarte no DNA – suplemento que me faz comprar o Diário de Notícias aos sábados – há umas semanas atrás zurziu nos blogues. O tiro fez ricochete e durante uns dias os blogues zurziram no DNA e no seu editor, PRD.
Em traços gerais, PRD acusava a blogosfera de ser o espelho narcísico de jornalistas & colunistas. E dava um exemplo da "casa": José Mário Silva, um "blog-addicted". PRD não percebe que jornalistas & colunistas tenham blogues. Afinal, nos "seus" jornais, eles podem escrever tudo o que quiserem (ou talvez não, insinuava). Eu, jornalista, não me senti atingido: não tenho coluna de opinião, não escrevo editoriais, e raramente escrevi comentários/análises/opiniões (foge-se deles como o diabo da cruz).
O ataque virulento deu lugar a uma atenção semanal, desde então, do DNA aos blogues da praça. Hoje, inicia-se mesmo uma coluna de citações de blogues portugueses, a que PRD e a sua equipa deram o nome de «bloguices». E de quem são os blogues ali referidos? Dos jornalistas & colunistas que PRD criticou: Pacheco Pereira, Pedro Mexia, Francisco José Viegas, José Mário Silva, e pouco mais (curiosamente, três destes quatro nomes são da "casa").
PRD (e o DNA) não arriscou: em vez de procurar descobrir uma blogosfera diferente, propõe-nos a meia dúzia de nomes que se (auto-)cita e (auto-)comenta todos os dias no cantinho bloguista português. Sem margem para a descoberta.