Sempre desconfiei do serviço militar. Sempre me recusei a servir um instrumento de guerra e uma máquina de fazer guerreiros. Habituado à incipiente comunicação das forças armadas portuguesas - do "jovem se tens 18 anos e a quarta classe" à nova e pomposa «loja da profissionalização» (não minto, é ali ao Largo do Rato, em Lisboa) -, assusto-me perante a habilidade propagandística dos americanos. Um pequeno "spot" mostra-nos locais de trabalho vazios. E as frases sucedem-se no ecrã: "Marc foi combater o terrorismo", "Ed está a estudar doenças tropicais na Guatemala", "Scott foi capturar Osama bin Laden"... Não sei o que me espanta mais: se a ingenuidade de quem saiu para ir comprar um maço de cigarros e aproveitou para dar um pulo ao Iraque, se a manipulação de quem vendeu uma mentira e agora apresenta esse modo de vida como casual day...
Nota final: Talvez os entusiastas portugueses da guerra possam aproveitar o link, que ali deixo em cima...