Os estrangeiros e os emigrantes voltam às terras de Aviz. As perplexidades de Francisco José Viegas passam também pela «forma como são tratados os estrangeiros nas fronteiras, sim — o modo como os brasileiros são recebidos, por exemplo, sobretudo "se têm aspecto de emigrantes" ou de "prováveis emigrantes". A forma como se fazem as perguntas, o tom de voz, o empurrão na fala.»
Não é de agora, como certamente sabe FJViegas. Lembro-me nos idos de 1993 (com mais uma crise Portugal-Brasil, por causa de migrantes "presos" em salas de ninguém dos aeroportos, como pano de fundo), ao viajar para o Rio de Janeiro, do pedido de um funcionário do SEF: «Se o tratarem mal, lá, diga-nos». «Como?», perguntei. «Se lhe fizerem alguma coisa, diga-nos, tá bem?». Disse: fui recebido com um sorriso e um sonoro: «ah! patrício!».