Miklos Fehér morreu em Guimarães, aos 24 anos, na sequência de uma paragem cardio-respiratória ocorrida durante o jogo entre o Vitória de Guimarães e o Benfica.
Tinha acabado de ver um cartão amarelo e a câmara mostrava o seu sorriso irónico. Voltou-se, recuou, parou, curvou-se e caiu inanimado. Dois minutos antes tinha feito o passe para o golo que deu a vitória à sua equipa.
Manuel Cajuda considerava-o o melhor ponta-de-lança a jogar em Portugal. Apesar de nunca ter deixado de ser a segunda ou terceira opção nos clubes por onde passou, "tapado" por jogadores como Jardel, Nuno Gomes ou Sokota, o internacional húngaro nunca virou a cara a luta, nunca desistiu e empenhava-se em todos os jogos como de finais se tratassem.
O Benfica obteve ontem a vitória mais triste da sua centenária história. Miklos Fehér saiu derrotado da final de ontem, mas viverá para sempre na nossa memória.
Vai ser difícil esquecer as imagens vistas em directo. A morte de um jovem ser humano, transmitida em directo pela televisão... Ainda por cima, a morte de um futebolista da nossa equipa, ocorrida no estádio da terra que dizemos nossa.
Os homens também choram quando assim tem de ser... Ontem teve de ser!