12.1.04
«As jogadas que o Mundo nunca esqueceu»
Lembro-me de um estoiro do meio da rua do Sócrates no Mundial de 82. Do Maradona a ultrapassar meia Inglaterra para marcar um golo antes de fazer outro, com a «mão de Deus». Lembro-me também de outra mão - a de Vata, em Marselha. E a (menos boa) do Abel Xavier em França. Lembro-me de um Bayer Leverkusen-Benfica que me deixou sem fôlego. Lembro-me de ser campeão no ano dos famosos sete a um. E lembro-me do João Pinto a comer a relva como nunca voltou a fazer no 6-3. Lembro-me do toque de calcanhar do Madjer em Viena e do voo de cabeça de Jardel em Milão. Lembro-me de ver um Benfica de reservas ganhar 8-2 ao Beira-Mar, na primeira vez que vi o Benfica ao vivo no "velhinho" Mário Duarte.
Foram estas as jogadas que me lembrei este fim-de-semana, depois de ver nas ruas uma publicidade do «Record». Hoje, depois de ler no Barnabé uma crítica "àquilo", lembrei-me também de dizer que o "cogumelo" atómico de Hiroxima não é uma jogada que o Mundo nunca esquecerá - nem é publicidade. É mau gosto. Da empresa de publicidade que desenhou imagem de tão mau gosto para o jornal «Record».