É preciso dizê-lo: foi o PSD que deu cabo da rede nacional ferroviária, com os óbvios problemas que hoje se colocam. Mas o povo andava contente: já tinha auto-estradas e uns IPs para passar rapidamente entre as cidades esquecendo os interiores.
O PSD voltou ao poder e a política de destruição do comboio continua. Com a auto-estrada do Atlântico (Lisboa-Leiria) ainda incompleta, o Governo prepara-se para dar a estocada final na linha do Oeste (Lisboa-Figueira da Foz), partindo-a aos pedaços, dando-a (eles dizem: vendendo-a) aos privados e remetendo-a para uma função regional, esquecendo a possibilidade de dar às populações do Oeste (Caldas da Raínha, Leiria, Figueira da Foz) uma ligação eficaz e eficiente para o Norte do país (bifurcando a linha com a do Norte) e para o Sul (Lisboa e Alentejo-Algarve, através da nova ligação para o reino da mouraria...
Tudo isto contra os planos da Refer em avançar com a modernização da linha, já em 2005.
A CP ficará a partir de 2004 confinada a um eixo definido pela A3 (auto-estrada de Braga), A1 (auto-estrada do Norte) e A2 (auto-estrada do Sul) e com umas ramificações suburbanas. E o País mais pobre, mais desertificado, mais longe da Europa (para usar uma expressão que enche as bocas dos peixões que nos governam).