"Desculpe que lhe pergunte, quem foi Possidónio da Silva, sabe?" O taxista já velhote queria saber, eu respondi-lhe aquilo que o busto da rua e a internet me ensinaram: geógrafo, arquitecto, responsável pela reconversão do Mosteiro de São Bento nas Cortes. E o taxista revela-me o seu gosto pela toponimia, melhor, por saber que vidas se escondem naquelas placas de rua. É bom saber, diz-me. Para logo citar Camões, "nunca li nada dele, aquelas coisas malucas que ele escrevia, apenas ouvi dizer, havia um programa na rádio há anos, que começava com uma frase dele..."
E aqueles, que por obras valerosas, Se vão da lei da morte libertando, recita. Sem nunca ter lido Camões, a olhar as placas da rua. E sem pensar que a frase era uma metáfora para fechar o dia em que Soares se candidatou.
E aqueles, que por obras valerosas, Se vão da lei da morte libertando, recita. Sem nunca ter lido Camões, a olhar as placas da rua. E sem pensar que a frase era uma metáfora para fechar o dia em que Soares se candidatou.