15.3.04

Tão simples como a mentira

O Diogo já disse (quase) tudo sobre o essencial nas eleições de Espanha. Eu, por mim, peço desculpa por voltar a "ele": Pacheco Pereira. Começou por escrever no seu Abrupto que, «em democracia, o povo é quem mais ordena. É tão simples como isto e, antes de ficar complicado, deve continuar assim simples.» Eram 8h48 de hoje. Duas horas e pouco depois (às 11h15), desenvolve a sua ideia de «democracia simples»: «[Os olhos da Al-Qaeda] Vêem a bomba ter resultados que lhes convém, vêem o terror a dar resultados políticos. Eles não vão fazer a distinção entre as culpas do PP e os méritos da bomba. Eles são gente mais pragmática do que parece, ponderam as vantagens e inconvenientes de repetir a bomba, onde e como.»
Ainda não percebeu Pacheco que «(...) os povos estão fartos de guerras, do terrorismo, da escalada de violência e que desejam profundamente a paz, a tolerância e a compreensão», como sublinhou o Diogo. Mais: Pacheco Pereira ainda não percebeu que as pessoas se fartaram da mentira.

Buenos dias, España!