Acompanho a sua Voz há muito. Por me fazer reflectir. Por me divertir, também. E porque sim!
Sou católico, nunca o escondi aqui. E alimento este blogue (acompanhado de outros amigos) com as minhas (nossas) preocupações - que vão da política ao desporto, do cinema à religião.
Em Setembro passado, li com atenção as suas "aulas" de «Religião e Moral». Agora acompanhei a sua «exegese». Senti-me interpelado, por não se querer ecuménico (digamos assim):
- por causa do ecumenismo, que me abriu portas para um entendimento diferente da Palavra e da celebração (aliás, a noção de Festa fui bebê-la em celebrações ecuménicas ou de outras igrejas cristãs);
- por causa da Festa: não percebi se prefere uma celebração que seja apenas ritualista, ou se pelo contrário acha pertinente trazer expressões da Cultura e da Arte para o seio das celebrações da sua Igreja;
- por causa ainda da expressão da fé "fora de portas": «É assunto daqueles que lá estão. Exclusivamente». E por ter escrito, nos últimos dias, que «a propaganda pertence aos que clamam por Barrabás - os que nunca perdoaram Jesus por ter vindo por causa da alma e não por causa da política».
Perante a afirmação que faz - «Deixa-nos espaço para que as igrejas se dediquem à fé e não à voluptuosa transformação do mundo» -, pergunto-me(lhe): não deve a nossa fé interpelar-nos para a constante vontade de transformar o mundo. Sei que nos posicionamos politicamente de modo diverso: mas à "direita" e à "esquerda" a fé não deve ser constante interpelação do quotidiano?
* - para leitores ocasionais ou outros, aconselho ainda uma outra interpelação a Tiago, do amigo CC.