Teens
O Miguel já disse tudo. A selecção de sub-21 armou-se em real madrid dos pequenitos e perdeu em casa contra a selecção da Turquia. O José Romão pode dizer o que lhe apetecer; a verdade é que a selecção da Turquia é mais madura, mais humilde e mais trabalhadora do que todas as jovens estrelas emigrantes lusas. Salvou-se Hugo Viana, que tentou (em vão) disfarçar o sub-rendimento do Tiago e do Bosingwa e amenizar a superioridade turca a meio-campo. E o relvado do Estádio Municipal do Fontelo é uma miséria! Já que não sobrou dinheiro do Euro 2004 para arranjar estes relvados, não seria possível à Federação escolher outros estádios para a realização dos jogos decisivos das nossas selecções?!
Starlettes
Os séniores não fizeram melhor; pelo contrário, conseguiram até fazer pior!
Do jogo jogado (adoro esta expressão!) há pouco a dizer e Scolari já disse tudo: levámos um banho de bola!
Mas há que protestar contra o árbitro: porque carga de água é que o romeno não expulsou o Fernando Couto?! A dupla cotovelada no Diego Tristán e a mão na cara do Iker Casillas não são suficientes para expulsar um jogador de futebol?! Inacreditável! Só resta acrescentar que o senhor Couto é capitão de Portugal e está à beira de completar 100 internacionalizações! E que o jogo foi visto por milhões de espectadores... Há gente que, aos 34 anos, ainda se porta como um teenager.
Espanha
Se há alguém aqui que gosta de Espanha e dos espanhóis (e espanholas, por supuesto) sou eu! Trata-se, aliás, de um fardo que transporto no nome (João Diogo Rangel Pamplona Pizarro Pinto) e que foi alimentado pelos quatro anos vividos em Chaves, mesmo ao lado da fronteira de Feces de Abajo, das lojas de Verín e da animação de Ourense. Imagino que o facto de ter visto todos os dibujos animados da minha infância (a Heidi, o Marco, o Dartacan, o Era uma Vez..., etc.) em castelhano também tenha ajudado...
A verdade é que adoro Espanha e tudo o que é espanhol. Adoro Bracelona (como toda a gente de bom gosto) mas também adoro a menos consensual Madrid, a mediterrânica Valencia, a andaluza Sevilha, as montanhosas Asturias, a altaneira Ávila, a moderna Bilbao, a castelhana Burgos, a histórica Cádiz, a mourisca Córdoba, a agreste A Coruña, a monumental Granada, a universitária Salamanca, a elitista Santander, a medieval Toledo, a duriense Zamora e um sem número de outras pequenas e grandes pérolas. Farto-me de ouvir música espanhola (Jarabe de Palo, Ismael Serrano e Kepa Junkera, por exemplo), leio imenso em espanhol (Eduardo Mendoza, Vázquez Montalbán, Torrente Ballester, Soledad Puértolas, Antonio Muñoz Molina e, sobretudo, Pérez-Reverte), adoro cinema espanhol (Almodóvar e Almenábar, claro, mas também Fernando Trueba, Alex de la Iglesia, Victor Erice, Imanol Uribe, Bigas Luna, Julio Medem, Santiago Segura, Manuel Gómez Pereira, etc.). E é claro que falo espanhol desde pequenino, com sotaque de Madrid...
A culpa, Miguel, não é da defenestração do Miguel de Vasconcelos. A culpa, Miguel, é, antes de mais nada, do D. Afonso Henriques que, para além de mulherengo, era um mal-educado e sem-vergonha qua batia na mãe! E, depois dele, a culpa é de uma série de nobres receosos de perderem os seus privilégios que foram, recorrendo a todos os meios, impedindo o projecto de fusão que durante séculos foi tentado pelas casas reais da península ibérica. Os monárquicos mais puristas sabem bem que a chamada Casa de Bragança, para além de ser um ramo absolutamente bastardo da família real portuguesa, não passa de um bando de ursupadores que depuseram os legítimos reis de Portugal que, por acaso, também o eram de Espanha.
Mandona
Fico, então, à espera das rosas inglesas. Não são apenas as teens que adoram estas starlettes...