O Luís Nunes fez-me chegar (por correio) algumas «medidas» mais para um culto a "sério". Ou de como a Igreja - melhor, o Vaticano - se põe a jeito para estas e outras piadas.
«Acho, caro Marujo, que estas medidas "inovadoras" sabem a pouco ao cardeal Torquemada (perdão, Ratzinger). O projecto inicial, recebi-o pelo correio, contém mais seis normas e reza assim:
1. Obrigatoriedade, sob pena de excomunhão, de todas as liturgias serem faladas em latim, com o padre virado de costas para os fiéis. Afinal, há quem tenha saudades dos "bons tempos".
2. Proibição, sob pena de excomunhão, de os fiéis se saudarem durante a missa. São contactos demasiado íntimos e eventualmente pecaminosos.
3. Obrigatoriedade, sob pena de excomunhão, de todos os fiéis respeitarem a dízima, nem que seja sobre o Rendimento Social de Inserção.
4. Proibição, sob pena de excomunhão, de pensar. Pensar é uma irresponsabilidade perigosa. Os fiéis não pensam, crêem. Aqueles que fazem do pensar o seu modo de subsistência, como os cientistas e intelectuais (cruz credo!) devem ser denunciados e julgados por Nós.
5. Obrigatoriedade, sob pena de excomunhão, de todas as fiéis comprovarem semanalmente a sua virgindade. As mulheres impuras não cabem no Reino dos Céus.
6. Proibição, sob pena de excomunhão, de qualquer fiel contactar com infiéis. Um infiel bom é um infiel morto e as Cruzadas foram a época gloriosa em que o nome de Deus era respeitado.
7. Obrigatoriedade, sob pena de excomunhão de toda a humanidade, de o próximo Papa se chamar Ratzinger, a quem todos devem temer reverencialmente.
Só assim os fiéis regressarão à casa de Deus. Se não os conquistamos pela simpatia, conquistamo-os pelo medo, como antes.
Publique-se,
Assinatura ilegível»