O beijo adolescente foi quebrado à porta do autocarro. Ela sentou-se à janela, mão no vidro, ele do lado de fora, também com a mão no vidro. A um sinal dele, cada um agarrou no telemóvel e conversou em tom de confidência os amores juvenis que o vidro separava. Quando o autocarro arrancou, o telemóvel deixou de fazer sentido: desligaram. Não havia como se olharem nos olhos.