6.1.06

Berre-se o hino!

Não gosto da letra do hino nacional. Gosto qb da música, sem maneirismos marchantes ou coisa que o valha. Sorrio com os que gritam aqui del-rei porque o Deco não abre a boca no momento do cântico num jogo de futebol. Recuso-me a obedecer ao militar que me manda parar na rua, quando a bandeira é hasteada. Irrita-me o nacionalismo serôdio do Portas a querer os meninos a cantarem todos às armas! às armas. Por mim, o hino e a bandeira são coisas de todos - e se são de todos devemos fazer o uso que quisermos destes símbolos: hasteá-los no carro ou na varanda, para comemorar o Euro, cantar desafinadamente a plenos pulmões num estádio cheio ou... dar a conhecer uma versão limpinha e bonitinha, como a que se ouve no novo anúncio da PT. Os candidatos presidenciais (sobretudo à esquerda, o da direita diz talvez como sempre) estão contra o anúncio. Eu, que vejo uma possibilidade pedagógica, ali naqueles segundos (os miúdos trauteiam, podem querer saber o que é...), não percebo o incómodo de Louçã ou dos outros candidatos. Ninguém é dono do hino, o hino é de todos. God save the queen, punkaram os Sex Pistols. Heróis do Mar, rockalhou o João Grosso. Haja hino, para berrar!