19.1.07

Os criminosos


Fixem bem estas caras. Os dois senhores de cima custaram-nos 1,6 milhões de euros em Setembro de 2004, por terem estado meia dúzia de anos na Caixa Geral de Depósitos. Falta-me tempo para ver exactamente quanto tempo. A equipa sucessora (cinco membros) foi indemnizada com 2,6 milhões de euros e só o presidente, Vítor Martins, levou para casa 800 mil euros. Mais uma cara a fixar. António de Sousa, Mira Amaral e Martins foram chicos-espertos. Mesmo que todos os dias gritem contra o Estado despesista (e fazem-no amiúde), trataram de despir o Estado na hora da sua saída. Qualquer trabalhador se trabalhar meia dúzia de meses ou anos numa empresa, sai com uma indemnização pequenina. Estes senhores, não. Mas à chico-espertice deles, devem apontar-se outros nomes: os dos ministros que os contrataram e assinaram estes contratos ruinosos para o Estado. Estes senhores devem ser chamados à responsabilidade e deviam pagar eles do seu bolso. Talvez assim Bagão Félix (um dos ministros responsáveis) encontrasse alguma sustentabilidade na Segurança Social.

[Actualizado: só hoje li no DN de ontem, que Mira Amaral e António de Sousa afirmam não ter recebido o dinheiro porque saíram por iniciativa deles da Caixa, não foram postos a andar; não os iliba de o seu contrato prever que seriam demasiado bem ressarcidos se tivessem sido convidados a sair; ressalvas: os administradores que saíram ganharam 4,2 milhões de euros, os ministros assinam contratos ruinosos, sem serem responsabilizados por isso.]