Eu que já me tinha deliciado com o artigo (e o seu engenho) [do Rui Tavares, na Blitz, de Novembro], sem concordar com o remate natural para um ateu de que é melhor não existir vida eterna (sou católico, sim), apenas assinalo para debate que o ateu não terá “crença” nem “fé” na sua não-crença. Mas há ateísmos (os -ismos) que se publicam diariamente numa versão crente da sua única verdade, numa versão intolerante das fogueiras inquisitoriais, sem pingo de vontade em dialogar. A minha “falsa certeza”, como escreve o António Figueira [nos comentários a este texto], constrói-se, se calhar, mais de (ou, pelo menos, tantas) dúvidas permanentes que a sua certeza na permanente dúvida.
[comentário deixado ao post de Rui Tavares, que reproduz o seu artigo Na Cova dos Lobos, Blitz, Nov/06]
[comentário deixado ao post de Rui Tavares, que reproduz o seu artigo Na Cova dos Lobos, Blitz, Nov/06]