Quem se manifesta nas ruas fá-lo em seu nome, do emprego certo, das horas certas, não dos desempregados. Podia ser de outra maneira, mas do outro lado da barricada, aos engravatados do Beato não preocupa a desfaçatez de dizer que há 200 mil dispensáveis, como se estes 200 mil não tivessem nome, família, contas para pagar. Porque eles, os do Beato, nunca estarão nesse lugar, de desempregados, antes saltitam das empresas públicas para as privadas e destas para as SA que são públicas, aplaudem qualquer liberalização ou flexibilização, porque as únicas que conhecem é dos horários de trabalho ou do número de assentos de conselhos de administração.
Como Medina Carreira que hoje citava Pulido Valente, no Público [que em dia de manifestação, parece uma bíblia neoliberal de opiniões, e talvez assim se explique também a malaise do jornal], depois do segundo ter citado o primeiro, e neste pinguepongue de salamaleques, debita a habitual pesporrência do perigo que aí vem no ano de 2015, que é a alegada falência da Segurança Social, certinha para os nossos filhos e que temos de cortar a eito nas despesas sociais.
O mais engraçado é que estes senhores falam de barriga cheia, com uma reforma máxima garantida, sem preocupações na assistência de saúde (têm seguros, abusam de amigos médicos, não esperam horas nas bichas do centro de saúde ou nas urgências), não são desta terra estes senhores, vivem na lua, mas somos nós, os que queremos mudar o estado social sem o destruir os inconscientes e os aluados. Pois, pois, eles que vivam um ano inteirinho com o salário mínimo e o acesso normal ao serviço nacional de saúde, ou que esperem dois meses pelo subsídio de desemprego e, no fim, logo faremos contas das suas ideias.
Como Medina Carreira que hoje citava Pulido Valente, no Público [que em dia de manifestação, parece uma bíblia neoliberal de opiniões, e talvez assim se explique também a malaise do jornal], depois do segundo ter citado o primeiro, e neste pinguepongue de salamaleques, debita a habitual pesporrência do perigo que aí vem no ano de 2015, que é a alegada falência da Segurança Social, certinha para os nossos filhos e que temos de cortar a eito nas despesas sociais.
O mais engraçado é que estes senhores falam de barriga cheia, com uma reforma máxima garantida, sem preocupações na assistência de saúde (têm seguros, abusam de amigos médicos, não esperam horas nas bichas do centro de saúde ou nas urgências), não são desta terra estes senhores, vivem na lua, mas somos nós, os que queremos mudar o estado social sem o destruir os inconscientes e os aluados. Pois, pois, eles que vivam um ano inteirinho com o salário mínimo e o acesso normal ao serviço nacional de saúde, ou que esperem dois meses pelo subsídio de desemprego e, no fim, logo faremos contas das suas ideias.