7.6.04

Um guia para as eleições

Das europeias, quase não consigo dizer nada. A não ser que, depois do voto, vou trabalhar. Para ouvir as fracas razões dos votos. Ontem, antes de me perder por Alicia, entrei no país das maravilhas, com o saudoso «tempo de antena», que tão pouca atenção merece, mesmo em jornais que antes acompanhavam as sessões diárias de videoclips de caça ao voto. E descobri o Movimento do Doente (ou pelo doente?). E ouvi o discurso só aparentemente inócuo de uns nacionais e renovadores, que nada têm de nacionais e menos ainda de renovadores. E visitei os Açores e a Madeira num discurso quase sem objectivo (nem sequer um votem em nós) do PDA. E lavrei a nota de protesto do POUS, ameaçado de extinção. E tomei nota da salganhada ideológica mais engraçada de todas: o Partido Humanista é o único que nos parece lembrar que estamos em campanha para as eleições europeias, com um tempo de antena poliglota, nos depoimentos e nas palavras de ordem.