3.1.05

Cruzadas morais

«O novo problema de todos estes países é o do dispêndio exagerado do sistema de "social welfare", melhor, o gasto exagerado de um modelo de Estado social de tipo colectivista e universalista» [sublinhados meus]. Leram bem: é a perspectiva do bom católico Mário Pinto, que depois das cruzadas pró-Buttiglione regressa à cruzada do neoliberalismo.

É engraçado que, nestas questões, Mário Pinto esqueça o discurso do Papa. Afinal, era M.P. que assim escrevia em Novembro: «A democracia do século XXI não excluiria ninguém, por delito de opinião, do exercício dos seus direitos políticos, excepto os católicos coerentes. Coerentes são os que livremente estão em união (de inteligência e de vontade) com a doutrina e a autoridade da Igreja - porque há muitos, e até padres, que fazem uma administração autónoma da doutrina e se importam pouco com os mistérios (isto... digo eu)».

Invocar o nome de deus só quando nos dá jeito será pecado?