O economista Silva Lopes defende um corte nos benefícios que os portugueses têm em termos de saúde. E o também economista Daniel Bessa defende o fim do salário mínimo e do subsídio de desemprego. Eu, por mim, proponho que estes dois senhores (a que se podem juntar os outros arautos do cataclismo, como Medina Carreira, Eduardo Catroga ou Miguel Beleza) fiquem dois anos sem os seus empregos e salários. E que vão trabalhar por conta de outrem, com um salário médio de 500 euros, sem acesso a seguros de saúde e limitados aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, sem favores de médicos conhecidos ou "cunhas" em unidades privadas. Daqui a dois anos, nestas situações, gostava de os ouvir falar — a propor as mesmas coisas.