28.1.05

Pobre país, o nosso (versão incómoda)

Afirma Pacheco: «Em quem é que eu voto? É a pergunta que mais me fazem. É a pergunta que mais me faço. Já tive mais certezas do que as que tenho hoje. [...] Mas eu estou em oposição a Santana Lopes e não ao PSD, cujo papel na democracia portuguesa continuo a considerar vital. Seria mau para Portugal que Santana Lopes voltasse a ser Primeiro-ministro, mas seria péssimo que o PSD perdesse o seu papel único no sistema político português. [...] Dito isto, fique bem claro que o PS não é alternativo aos males do PSD. [...] Discordo por isso em absoluto da posição de Freitas do Amaral no plano político. [...] Freitas do Amaral tomou uma posição de consciência, pouco fácil para quem foi o que foi e é o que é. Merece respeito por isso e discordância política. [...]» [E é melhor ir ao "link" ler tudo.]

Nunca fui militante de qualquer partido, por isso não sei como lidaria com uma situação de ruptura com o líder desse meu partido. Também acho que não se exige a Pacheco que vote no PS. Mas, julgo, depois de ler a série de textos sobre pobre país, o nosso e muitos outros "posts", ao longo destes meses, que a ruptura com o status quo partidário mereceria uma reflexão mais liberta do argumento da fidelidade ao partido. [Os exemplos de outros partidos não serão água para sacudir do capote? Não me lembro de Alegre, depois de eleito Sócrates, dizer que este seria um péssimo primeiro-ministro; e muitos renovadores do PC foram até à última consequência de não votar no partido.]