21.5.04

A theia deste Governo

Malhas que a chuva tece: caía uma bátega quase tropical sob a capital e Amílcar apressava-se do Porto para Lisboa para ouvir José Manuel dizer que não contava mais com ele. A Manuela tinha-se esquecido de declarar uns rendimentos, o Congresso vinha aí e prometia ser uma monumental seca ou uma antecâmara para Santana se lançar a Belém, o Miguel Relvas tinha de ir para o partido mas sem ficar no Governo, a Águas de Portugal é uma empresa demasiado apetitosa para ser deixada nas mãos de um tecnocrata com escrúpulos, e numa jogada matreira de defesa já cansado das pernas, passou uma rasteira a outro defesa - mas da própria equipa. A verdadeira história da remodelação guardou-a Amílcar. José Manuel sobe hoje a Oliveira de Azeméis para dizer que tudo está bem quando acaba bem, o povo vai aplaudir e o Santana esperar.