À mesa de jantar, as entradas fazem-se com um atrevido vinho tinto rosé moldavo, umas ovas de peixe com nome impronunciável ucraniano. Quando se entra na sopa, estranha-se e entranha-se: beterraba, batata, funcho, feijão e outras iguarias não nomeadas - numa mistura improvável de sabores e cheiros. Seguem-se umas almôndegas com gretska, um cereal que ficou sem tradução mas com um gosto delicioso na boca. Tudo regado a vodka com pimenta - e duas cascas repousam na garrafa para o atestarmos. A sobremesa voa entre ameixas fumadas embebidas em natas e nozes e um bolo de chocolate. Delicious. À mesa, os preconceitos morrem sempre: os racistas e xenófobos não se alimentam bem.
[Talvez a propósito: o supermercado do Corte Inglés tem a semana dos alimentos europeus. A descobrir.]
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