28.11.04

A embarcar (mambo-tango)


Corto Maltese, por Hugo Pratt.

Parto para outro hemisfério, para outro continente. Com Corto Maltese na memória e o tango como banda sonora. Podem continuar a aportar por aqui ou demandar outras paragens. Nós voltaremos.

A Terra, já se sabe

Por estes dias vão espreitando aqui, com actualizações às segundas e quartas.

26.11.04

Contagem decrescente (a menina dança?)


Hugo Pratt, «Tango», Buenos Aires.

A delícia das palavras

Cavanhaque, imagine-se. E eu a pensar em cortes e pêras.

25.11.04

A mais bela actriz de cinema




... a partir de hoje, num cinema perto de si. Emanuelle Béart* em «Histoire de Marie et Julien», de Jacques Rivette.

[* - no link: sonho de uma noite de avião]

Universidade do Outono: Politiquês I
[regente da cadeira: Sampaio]

1. O primeiro-ministro apenas procedeu a «reajustes» no Governo com o objectivo de «potenciar a acção governativa». [Nuno Melo, CDS-PP, sobre a remodelação]
2. O sucessor de Carlos Carvalhas foi o nome que reuniu «inclinação consensualizada» nos órgãos executivos do PCP. [comunicado do PCP]
3. «Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra de votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa?». [pergunta do referendo]

Contagem decrescente (a menina dança?)


Hugo Pratt, «Tango», Buenos Aires

Remodelações em tempo de circo

1. No dia em que o Governo novo de continuidade de Santana tomou posse, foi publicada no Diário da República a lei orgânica do então Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Dois anos para o lixo. Agora, os responsáveis dos economatos de ministérios e secretarias de Estado começam a empacotar os envelopes, papel timbrado e cartões de visita ainda fresquinhos.

2. A Central de Comunicação foi vetada. Mas vê-se que funciona a pleno vapor: Rui Gomes da Silva foi documentadíssimo para a audição da Alta Autoridade, citando Helena Roseta nos idos de 80 no Povo Livre. E a remodelação de Santana caiu na melhor altura: quando a Casa Pia volta a abafar o resto do mundo.

24.11.04

Contagem decrescente (a menina dança?)


Hugo Pratt, «Tango», Buenos Aires.

Serviço público (com excelente música)

Concerto de solidariedade pela Saúde Mental
com Rodrigo Leão, Gaiteiros de Lisboa e Sétima Legião.
Fórum Lisboa. 26 de Novembro, 22 horas.

Cortes na RTPN

Francisco José Viegas, para além do invejável bronze brasileiro, exibiu no seu último programa uma pêra - a barba foi-se. Vêm aí cortes mais profundos?

[actualização para evitar algumas confusões: o último não é o último programa de todos - foi o último que passou, até hoje, mas regressa todas as semanas...]

Cinemanias

1. Eu te saúdo, Maria. Ratos e homens. Intolerância. Colateral. O Rei dos Reis.

2. E os Óscares já mexem: já conhece o cartaz da próxima edição? E a luta suja dos bastidores?

23.11.04

Contagem decrescente (a menina dança?)


Hugo Pratt, «Tango», Buenos Aires.

Extra! Extra! Extra!

Ana Sá Lopes voltou à blogosfera!

[já fazia falta... depois de outros silêncios]

Definitivos



Prefiro a dúvida à certeza. Por método, mas também por falta de certezas. Sim, eu sei que aqui já escrevi muito da minha condição de católico, mas também é assim que vivo a minha fé: no campo da dúvida, para melhor compreender os outros, o diferente. Talvez seja esta a minha dimensão ecuménica. As certezas que aqui vou polvilhando são depois postas em causa com reparos amigos, outras leituras, novas certezas.

Aqui há tempos escrevi sobre os católicos e os homossexuais. Um leitor desta casa mandava-me ler a Bíblia, em determinados livros e precisos versículos. Reagi epidermicamente: quando me atiram versículos acho que me atiram sentenças. Esperei para ler aqueles «trechos».

Depois de os ter lido, mantenho muito do que escrevi - não por serem certezas. Apenas por achar que naquilo que disse há lugar para a dúvida, e menos para sentenças, que como se sabe são definitivas.

Ao contrário do que me sugerem aquelas leituras, não encontro na Bíblia sentenças definitivas sobre a homossexualidade. Perdoar-me-ão: o que encontro são livros que merecem mais do que uma leitura apressada, lida aos olhos de 2004, quando foram escritos há milhares de anos [a disciplina da coisa chama-se hermenêutica]. Mais: os trechos «definitivos» de que ali se fala ajudam à piada certeira do comentário colocado pelo «Portugalgay» de que não devemos comer camarão... (Mas, lá está, os senhores deste "site" cometem o mesmo erro que criticam nos católicos definitivos: agora dizem que a Bíblia ofende a Constituição Portuguesa!)

Retomo os comentários: «o conceito de inclusão se não apaga totalmente a ideia de pecado, pelo menos é muito mais importante. "Não será possível continuar a amar as pessoas e, ao mesmo tempo, chamar a atenção para os seus erros?" Sim, é. Mas o que sublinho, neste caso, é que ser-se homossexual não é "uma ofensa contra Deus". A ofensa a Deus não é por aquilo que é a nossa orientação sexual. É por aquilo que fazemos em relação ao outro: quem ama mais? o heterossexual que maltrata o seu cônjuge, ou o homossexual que vive um amor pleno com o companheiro? (o contrário também é válido, mas não falo de orientações sexuais). E David remata: "Dizer que a homossexualidade é pecado não significa exclusão. Implica sim, alertar para o caminho errado." Implica excluir, sim: porque afirmamos que apenas outro caminho é o correcto, aumentando o sofrimento de quem também pode amar».

22.11.04

[cd da semana]


(com a devida vénia) do nosso leitor Alípio Severo de Noronha [copyright]

Um almoço como um blogue

Saltamos de assunto, memórias, histórias, ideias à velocidade do adsl, entre duas garfadas de um pineapple burguer para concluirmos do refrescante que é o encontro ao vivo, sem intermediários de ecrã e teclado. Assim é bom.

Causas

O nome é ambíguo, Wemans nem escreve lá muito, só têm um ano, mas o blogue Causa Nossa já é incontornável. E muito por causa de uma surpresa bloguística chamada Vital Moreira. Parabéns.

21.11.04

O referendo

«Se não percebes a pergunta vota não». Este desafio de Pacheco Pereira não devia ter sido já feito nos referendos do aborto e da regionalização? Ou só agora é que «a pergunta pura e simplesmente não é honesta, trata os portugueses de forma indigna, mancha a democracia com a sua óbvia manipulação»?

Até breve

Esperemos que este adeus* não seja outro até sempre.


[* - adeus!, de a + Lat. Deus, adv. e interj., Deus fique contigo, Deus vá contigo!, etc.]

20.11.04

Guia não turístico da Costa do Marfim



Chega à blogosfera José Luís Peixoto, pela mão de José Mário Silva. E com um belo texto sobre a Costa do Marfim. Um país estranho que se me entranhou em 1995, numa visita pouco turística a um destino nada turístico. Das ruas da capital Yamoussoukro, erigida em louvor de um homem, Félix Houphouët-Boigny*, que se imaginava na enorme basílica local («igual à de São Pedro») como o discípulo dilecto de Jesus, em vitral abençoado por João Paulo II. Os dois (Papa e Presidente) concorriam em quantidade de ruas e praças e monumentos em seu nome.


* - FH-B é o homem negro que se vê ajoelhado logo abaixo da figura de Jesus.

Naquele espaço imenso, de avenidas largas e vazias, circulava-se em táxis que davam boleia a outros passageiros, e pernoitava-se num campus universitário moderno, mas em decadência, por uma greve de estudantes que então se prolongava há meses.
Na cidade de Bouaké, em catedral mais modesta e acanhada, à missa ajudavam zelosos vigilantes de quem adormecia sob o sol tropical, enquanto que por perto se passeavam macacos no mercado - antes de saltarem para o tacho. Nesta cidade, uma jovem cega reconhece-me português, por causa da «Lindá de Suzá» que ecoava na onda curta. De Abidjan, a capital económica do país, recordo uma visita intempestiva e pouco consciente a um mercado.

Levava comigo duas advertências. Evitar gelados de água, vendidos ao acaso nas ruas. E que devia sentir o cheiro de uma terra única. Embrenhei-me neste, aceitei aqueles.
Hoje, não poderei voltar a propor-me uma viagem daquelas. Há «sangue. Vermelho, limpo, humano» pelas ruas.
Gostava muito de ter notícias do Lazare.

Veto tardio

O veto de Sampaio à central de comunicação é tardio. É um assomo de independência e existência de um Presidente da República que já não é tido nem achado, pela oposição, pelo Governo e, mais ainda, por quem o elegeu. Ora, um "chumbo" destes, não é um veto: é Sampaio a lembrar que existe, desterrado em Belém.

19.11.04

Ecos do Código

A Difel aderiu à moda dos sucedâneos do Código de Da Vinci, renovando a capa do livro de Umberto Eco, «O Pêndulo de Foucault». Como? Uma apresentação "místico-medieval" e uma frase supostamente apelativa: «...um segredo ocultado pelos templários».

18.11.04

Esquizofrenia

Paulo Portas foi vaiado, criticado, vilipendiado, rejeitado no fim-de-semana no Congresso do PSD. A esta hora, os deputados do PSD aplaudem o líder do CDS-PP na defesa do Orçamento «imaginativo» do Governo.

Mala educación

«Quero lá saber», diz Portas sobre o «caso Marcelo».

E Rui Gomes da Silva, com cara de mau, fecha a porta na cara a Ana Sofia Vinhas, da TVI.

O polvo


Uma imagem social-democrata de outros tempos punha Sampaio à cabeça de um tenebroso polvo. Hoje, convenço-me desse polvo: foi na TVI, no DN, na RTP. Falou-se das empresas de sondagens e, agora, definitivamente, será a vez da Alta Autoridade para a Comunicação Social.

Este blogue vai voltar-se para o passado

Kylie Minogue anunciou que vai deixar de posar para fotografias ousadas.

16.11.04

Da superioridade moral



Sempre o defendi: não devíamos encontrar algozes do lado dos EUA, mesmo não concordando com a guerra. Mas, pelos vistos, Bush não ensinou aos seus soldados noções mínimas para se apresentarem como arautos da democracia. Não há defesa possível deste acto de guerra.

Cinema de boa qualidade

Enquanto eu não me abalanço a iniciar a minha crítica, os meus amigos Rita e Sérgio vão alinhando ideias e imagens de primeira água.

15.11.04

Contra-informação

Santanek pode ter sido calado antes de tempo. José Rodrigues dos Santos é que já não fala mesmo.

Quase me passava

Agora é quase impossível parabenizar todos os blogues que se "comemoram" na blogosfera. Mas os amigos não se podem esquecer. E o Quase em Português é um deles. Fez um ano há dias. Vale a pena passar por lá.

Não houve censura nem cabala

Santanek e Fiona Tortas regressam aos ecrãs no próximo domingo.

Não é um blogue anti-santanista

Uma Terra sem misticismos de pacotilha.

Misticismo de pacotilha

Que o primeiro-ministro use uma pulseirinha pindérica, é lá com ele. Que o homem se encomende às estrelas, não é nada connosco. Que Santana use e abuse de expressões abrasileiradas para os seus desejos de governação, é apenas fraco vocabulário. Em Lisboa, quis um «Bairro Alto astral»; agora, no congresso não quer um «país com mau astral». Pois. O confessor do católico líder do PSD devia dizer-lhe que os misticismos não são coisa recomendada no Catecismo. Nem as mentiras.

13.11.04

Breve ensaio sobre a lucidez
(ah, concupiscência!)


Luiza Tomé [via Francisco José Viegas, de Aviz, Brasil].

Heresias a dias

Que nome darão a este país estes senhores?

[actualização (em jeito de novas interrogações): Eles, blasfemos e homens-a-dias, de certeza que nunca falaram no Ground Zero, nem no "9/11".]

Um ponto que não pode ser final

O jmf vai fazer uma pausa. Breve, esperemos.

Afinal vai ser mais cedo

«O presidente da TVI disse que, dentro de 6 a 9 meses, se saberia toda a
verdade sobre as razões (pressões?) do caso Marcelo?.
Então não é que o homem tinha razão?
Novembro um, Dezembro dois, Janeiro três, Fevereiro quatro, Março cinco, Abril seis...
»
[do nosso leitor Alípio Severo de Noronha]

12.11.04

Post breve para um dia longo

Está aí o fim-de-semana. Queira deus que alguns saiam com um galo - de Barcelos.

11.11.04

A paz, agora (dizem)


Yasser Arafat, 1929-2004


[actualizado com links fundamentais, na foto, no nome e na data...]

10.11.04

Os gestos da paz, apesar de tudo

O enterro de Yasser Arafat já foi feito. Mas, como pano de fundo, da gestão política desta morte, estão os gestos, como sublinha Manuel: «Rabinos judeus, sacerdotes ortodoxos, talvez também padres católicos. As televisões mostraram-nos às portas do hospital de Paris em que Arafat foi internado. Quem tenha visto nisso apenas uma excentricidade não viu o essencial. E o essencial foi a grandeza desse sinal de busca da paz. O que todos tínhamos que ter visto ali era a urgência da paz sólida, dessa que se constrói não com concordâncias quimicamente puras mas com o sofrimento que sempre causa o acolhimento do diferente.»

Sobe, sobe balão sobe

[ou o IRS segundo Santana e Bagão]

Eu vivo a sonhar
Não pensem mal de mim
Quanto mais não vale
Viver a vida assim

Nas asas do sonho
É bom andar sem norte
Não preciso vistos
Nem uso passaporte!

Não tenho limites
Parar não é comigo
Se ouço o meu amor
Dizer: eu vou contigo!

Ter essa certeza
É luz de um novo dia
Vai, meu balão d'oiro
Envolto em fantasia

Sobe, sobe balão sobe
Vai pedir àquela estrela
Que me deixe lá viver... e sonhar

Levo o meu amor comigo
Pois eu sei que encontrei
O lugar ideal para amar

Sobe, sobe balão sobe
Vai pedir àquela estrela
Que me deixe lá viver... e sonhar

Levo o meu amor comigo
Pois eu sei que encontrei
O lugar ideal para amar

Sobe, sobe balão sobe
Vai pedir àquela estrela
Que me deixe lá viver... e sonhar

Levo o meu amor comigo
Pois eu sei que encontrei
O lugar ideal para amar

Sobe, sobe balão sobe
Vai pedir àquela estrela
Que me deixe lá viver... e sonhar

Levo o meu amor comigo
Pois eu sei que encontrei
O lugar ideal para amar

La la la

Levo o meu amor comigo
Pois eu sei que encontrei
O lugar ideal para amar

Sobe, sobe balão sobe
Balão sobe

Amor com amor se paga

Martirizem-se. A Igreja tem dinheiro. Muito dinheiro. Deve ser por isso que o último almoço grátis já foi há 2004 anos. Mas, para o que é, dois metros quadrados bastam.

9.11.04

Tá bem, tá bem

Eu sei que hoje é um dia muito importante - da queda do muro. Mas estava a resistir a tirá-la daqui do topo.

«0696»


Parece que Kylie Minogue revelou à revista Femalefirst que a maneira de manter vivinha a sua relação à distância com o namorado Olivier Martinez é apimentar as conversas ao telefone. Por nós, chegam-nos os videos achocolatados.

Goodfellas

«Na América, o conservadorismo é muito mais que um movimento: é uma ideologia de poder optimista, cheia de contradições mas com uma espantosa capacidade de influência e difusão. Os conservadores americanos são evangélicos que não separam o Estado da religião, nacionalistas para quem a segurança nacional não tem preço, proprietários hostis ao governo federal e ao dirigismo público na saúde ou na educação, populistas defensores da família e de outros valores tradicionais, acérrimos militantes de direitos (como o porte de arma), empresários que não querem pagar impostos e recusam qualquer vestígio de estado social na América. Tudo isto triunfou nestas eleições [...]». Pedro Lomba

Dor de dentes

Isto está mal. Muito mal.

8.11.04

O iluminado

Para além de sebastiânico, António Borges é o iluminado. Na entrevista aqui citada, diz-nos o candidato-do-Expresso-ao-PSD: «Não há regime melhor do que a ditadura iluminada» [também recordado aqui].

Sete pecados sociais, sete sinais de esperança

«Fraude Fiscal/Responsabilidade Tributária»
9 Novembro 2004 (3ª feira), 18:30 h
José Silva Lopes
José Luís Saldanha Sanches
Moderador: Ulisses Garrido

«Exclusão Social/Integração Humana»
30 Novembro 2004 (3ª feira), 18:30 h
P.e Agostinho Jardim
Helena Cidade Moura
Moderador: José Pedro Castanheira

Local: Auditório do Centro Nacional de Cultura
Largo do Picadeiro, nº 10-1º. Lisboa.
(Metro: Baixa-Chiado)
ENTRADA LIVRE

Organização: CRC - Centro de Reflexão Cristã, e-mail: centroreflexaocrista@oninet.pt

Bush ganhou de facto

Hoje, os iraquianos ficaram a saber quem ganhou nos EUA.

Sebastianices

1. No sábado, tivemos mais um capítulo na saga do regresso de D. Sebastião, na revista única do «Expresso». António Borges, salvo miraculosamente do voo TWA 800 que caiu no Atlântico (facto devidamente publicado, na primeira página, no mesmo semanário, mais de um ano depois de não ter ocorrido), é - vê-se bem - há muito o favorito do jornal do arquitecto para presidente do PSD.

E a divina providência que o salvou, nota-se de novo na entrevista de sábado: ele é católico, mas pouco amigo dos seus irmãos no que toca à defesa do fraco estado social que temos. Os argumentos são conhecidos: o 25 de Abril foi bom, naquele dia, uma chatice nos outros dias todos; lá fora (onde trabalha há 30 anos, com uma interrupção de três) é que é, porque todos sabem o que têm de fazer; o estado é mau, temos de dar aos privados para fazer melhor; e ele não percebe como é quem um secretário de estado pode viver com aquele ordenado. Tem razão o «Expresso»: Borges tem de voltar, numa manhã de nevoeiro de preferência. Para se perder, ou nós nos perdermos dele.


D. Sebastião, de acordo com o arquitecto

2. Outro «Expresso» no seu melhor.

Às segundas

As pedras gritarão! - uma questão de bom senso.

6.11.04

Serviços mínimos

Ontem não consegui durante parte do dia escrever qualquer coisinha (houve quem me perguntasse do porquê daquela imagem...) porque o sr. blogger não deixou. Hoje, também já não me apetece. Pode sempre "rolar" por aí abaixo e entreter-se com o que aqui se escreve ou se ilustra. Ou então não - e aí basta pegar na coluna do lado direito e zarpar logo para outras paragens.

4.11.04

Com a cabeça sobre uma almofada


«Naked Portrait» (Kate Moss), por Lucien Freud, 2002

Matérias para reflexão

Pedro Mexia inquieta-nos. Há dois longos textos que merecem leitura. Mesmo que não concordemos com tudo o que ali se escreve. A seguir, nos próximos dias, quem sabe, também aqui: «Ainda o caso Buttiglione» e «Mandem dizer ao colectivo que fui lanchar» (sobre as eleições no EUA).

11 de Março

Breve espaço para a demagogia. Depois dos atentados de Madrid, aturámos a direita engalinhada com a vitória de Zapatero, que era uma vitória do terrorismo. E agora? Depois de Bin Laden ter votado nas últimas eleições americanas, também é admissível dizer que foi o terrorismo a ganhar na América?

Outras leituras. Um texto mais longo sem imagens, outro mais curto e ilustrado. Duas leituras essenciais para o pós-eleições.

Marcelices

1. A TSF anuncia a «nova grelha» em "outdoors" na cidade. Com «+ música», «+ entretenimento», «+ comentadores». Assim, tal e qual. E mais informação? Schiuuu, qu'é isso?!
[rectificação: um olhar apressado no autocarro 13 deu azar: o "outdoor" traz lá «+ informação», mas em baixo, quase esquecido (leio eu)... em cima berram-se aquelas outras coisas. ah! e os comentadores são «novos», sem o sinal «+»!]

2. Um cronista/comentador do DN - José António Barreiros - não gostou de ser "ensanduichado" num jornal onde se espelha «o domínio dos media pelo grande capital, a entente cordiale entre esse grande capital e o actual Governo.» Saiu e abriu um blogue. E foi substituído no DN por um "boy" de... (tchan! tchan! tchan!) Rui Gomes da Silva, mr. Cabala!

3.11.04

Depois da vitória de Bush...

... o que nos vale é o triumph* nas ruas portuguesas.


[* - instruções de uso: clicar em Portugal e aguardar a imagem que anda nos olhos de muita gente]

Aforismo eleitoral

Há sempre uma primeira vez para tudo. Até para o Bush ganhar.

O mundo perdeu. A América também

[ou Bush ganhou nas urnas]



[actualizado: definitivamente, precisamos de um ethos novo]

«Too close to call»

«Too close to»... a esperança de outro modo de pensar o mundo. Mas, como há quatro anos, uma certa América vai ganhar a olhar para o umbigo.

2.11.04

América, 2 Novembro 2004*

this House is on fire!
kick off your boots, come and sit a spell
listen to me worry, come and listen well
all you better best come and lean in boys
cause I don't dare to raise my voice

I've been sitting here for the longest time
reading all the warning and the danger signs
I don't have the gift of the prophecy
telling everybody how it's gonna be

soon come, soon come the day this tinderbox
is gonna blow in your face
I don't have the gift of the prophecy
telling everybody how it's gonna be
you go passing wrong for right and right for wrong
people only stand for that for just so long

it's all gonna catch like a house on fire
spark an evil blaze and burn higher
well, I don't have the gift of the prophecy
telling everybody how it's gonna be
you go passing wrong for right and right for wrong
people only stand for that for just so long

I don't have the gift of the prophecy
telling everybody how it's gonna be
there's a wild fire catching in the whip of the wind
that could start a conflagration
like there has never been.
this house is on fire!
[Natalie Merchant, 2001]



* - in Terras do Nunca, com a devida vénia. Para além de habitualmente certeiro (leiam os "posts" de 26 a 31 de Outubro, para uma pequena e variada amostra), por ali se cultiva boa música.

«Somos todos americanos»

No 11 de Setembro, houve quem enchesse a boca com estas sábias palavras. Hoje, perante o mundo a querer votar nas eleições americanas, mandam-nos calar: a decisão é dos americanos e devemos respeitá-la. E se Kerry ganhar, como será?

Nota: à direita, há quem "vote" Kerry. «ADM, Guantánamo e Abu Ghraib, Patriot Act, Iraque: quatro razões contra Bush», diz-nos Pedro Mexia. E diz-nos mais: «Em democracia, uma guerra não deve partir de uma mentira».

1.11.04

«Incoerentes»... pela paz!



Se os caça-autógrafos não votam por causa de Scarlett, a Economist preferiu votar no «incoerente». Pena que a direita que regozija a cada página daquela revista agora tenha enfiado a cabeça na areia e assobiar as cantilenas texanas de Dubia. E há outra cantilena, para mim muito mais importante, que não me sai da cabeça para mandar George Bush de volta para o seu rancho: A guerra do Iraque já matou 100 mil civis iraquianos!

Hoje não se celebra a morte

Esqueçam os cemitérios cheios de dor, velas e oração. Hoje festejam-se exemplos de cidadania. Dos que não se conhecem. Dos que duvidam.