14.4.04

Polícia de Segurança Privada

O «efectivo» da PSP remata a conversa ao telefone: «Não temos efectivos suficientes». Suficientes para fazer o seu trabalho: uma zona «referenciada» (como reconhece) de tráfico de droga a céu aberto e escancarado para quem passa não pode ter um polícia a tempo inteiro, em permanência. «Mandamos um carro». Não serve: passa uma ou duas vezes, fica lá uma hora ou duas e, ala! que se faz tarde, e o negócio volta ao seu ritmo normal. O senhor presidente da Câmara de Lisboa lamenta-se que «não tem efectivos», mas pede dois para a sua segurança pessoal, ameaçado sabe-se lá por quem. O senhor ministro da Defesa esquece-se dos berros e do dedo em riste da campanha eleitoral, a dizer que queria os «efectivos» nas ruas.
Eu peço política/polícia preventiva: um agente que esteja ali, 24 horas, como os senhores ministros e altos dignatários têm. Evitava-se a degradação da zona, evitava-se o populismo de quem se sente atingido todos os dias e se impacienta a entrar e sair de casa, evitavam-se novos intendentes e anjos e lamentos das autoridades por que nada se fez. A tempo, em devido tempo. Efectivamente.
Senhores agentes: efectivem-se!