25.7.07

Ser solitário assim...

Hola, soy el Solitário, disse o assassino que os espanhóis mais procuravam, frente a uma multidão ululante e a câmaras frenéticas. Aquela frase, naquele contexto, era um paradoxo. Ele era tudo menos um solitário, ali. A frase pode ser dita com muito mais propriedade pelo homem barbudo que se senta no banco da Avenida da Liberdade, de cartões e sacos na mão e pombos em volta a falar só. Sou um solitário, diz ele, sem dez segundos de fama, nem mortos no currículo.