«Uma semana apenas após a reunião dos líderes dos oito países mais ricos do mundo, ficou a saber-se que o anúncio do perdão integral da dívida de dezena e meia dos países mais pobres era afinal fantasioso. Que afinal se perdoa apenas a dívida de que são credores os próprios Estados, quando o dinheiro que sufoca e queima é devido a privados. Que afinal, mesmo o perdão efectivo, há-de ser confirmado pelo FMI, depois de certificado que não se criará um grave precedente para a sacrossanta disciplina financeira internacional. João Paulo II falou duramente das estruturas de pecado do mundo contemporâneo. A dívida dos países mais pobres e a gigantesca hipocrisia que ela move são pecados sérios. São, literalmente, pecados mortais.» [in Palombella Rossa]