5.5.05

Pode ser Vidago?



"Ao fim de dois anos, cerca de 2300 notas publicadas, milhão e meio de visitantes, usando os contadores mais avaros (na verdade bastante mais, porque o contador esteve inactivo várias vezes e não conta desde o início), dois milhões e meio de “Page Views” (idem), com ligações a mais de dois mil blogues e milhares e milhares de citações, um pouco por todo o lado na rede e fora dela, o Abrupto é uma “empresa de sucesso” e devia agradar ao yuppie que há em mim. Infelizmente, se tal existe em mim, e o Dr. Freud preveniu-nos para que todos os demónios existem, tenho dificuldade em encontrá-lo. O Abrupto contenta-me, e estes números contentam-me, mas o que me contenta mais não é bem isso. Já o disse e repito: o Abrupto é o “jornal” que, desde que me conheço, gostaria de ter tido, parte da minha voz. Não a minha voz, mas parte da minha voz. Feita do ruído do mundo, do meu ruído, da fala incessante, dos quadros, dos versos, da música, das palavras, que nos faz o que somos. O Abrupto é sobre isso, o Abrupto é isso."
— Pacheco Pereira, aka jpp, faz dois anos de Abrupto, com festa a preceito, traje de gala e muito para se ver e ouvir. E ali se explica a razão de ser do título deste post.