29.2.08

Espelho

«Toda a gente se agita e ninguém faz nada com sentido», escreve hoje no Público Vasco Pulido Valente. Nunca VPV se olhou tão bem ao espelho.

28.2.08

Geometria (detalhes)

Monique Adamczak (e Neha Uberoi) - clicar para detalhar

Sarko...quê?

Nas fotos das agências internacionais da visita do Presidente francês à África do Sul, a mais fotografada é... Carla Bruni.

Afinal

Se os lucros das empresas são maiores que os dos bancos, de que se queixam os patrões?! De falta de produtividade? Do peso do IRC? Não me parece, afinal, que tenham razões de queixa.

27.2.08

O pão e a obesidade destes dias

Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

Sérgio Godinho, Liberdade

Close to Paradise. Não apressar a saída


Patrick Watson no posto de escuta

26.2.08

Pior cego é o que não quer ver

Bush "prevê" que os eleitores escolherão um Presidente republicano para "manter a luta" no Iraque.

Critérios



A direita ainda não gritou contra uma qualquer brigada higiénica ou muçulmana por ter mandado suspender a campanha do Courier International porque "critica" Sarkozy. Ah, não será a brigada higiénica, nem árabes! Pois. A direita sempre foi muito selecta...

[Também lido aqui]

Homenagem

ao Olímpio. De amigos, entre amigos, com música, talvez poesia, livros e anedotas. Será o que quisermos, e os amigos estão chamados.

Espalhem a notícia:
dia 8 de Março, às 22h na Padaria do Povo
Cooperativa Padaria do Povo (Campo de Ourique)
Rua Luís Derouet, 20 – 1º
1250-153 Lisboa

Sem pudor

A Caixa Geral de Depósitos teve lucros como nunca antes, mas diz que precisa de aumentar a margem de lucro e vai de penalizar os clientes. Estes bancos portugueses não têm pudor.

25.2.08

O tapete do costume

Europa

A ignorância sobre História, economia, política e geografia do Chipre (e da possibilidade da reunificação da ilha) é tão crassa que nem apetece comentar. Blasfémias leva-as o vento.

24.2.08

Então porque não desapareces?

«Tudo na minha vida me puxa mais para longe do que para perto da vida política activa», Pedro Santana Lopes ao DN.

Óscares

Em noite de Óscares, uma longa dissertação (em imagens, what else?) sobre as raparigas que um dia podem vir a disputar as estatuetas com que todos sonham em Hollywood.

As contradições do costume e as enormidades de sempre

«[É um] partido que quer à viva força voltar ao poder, sem conseguir lidar com o fracasso dos seus desastrosos Governos. Apesar da fuga do dr. Barroso e dos fulgurantes “episódios” que levaram à queda de Santana Lopes, o PSD continuou a viver numa doce e impenetrável ficção: vítima das circunstâncias, da injustiça presidencial e dos maus tratos da comunicação social, o partido nunca conseguiu perceber os motivos que o levaram para a oposição.» [Constança Cunha e Sá, citada no Da Literatura]

22.2.08

Resignados

Cavaco já veio comentar o textinho da SEDES, dizendo que não nos podemos resignar. Os pessimistas do costume também já o fizeram. Todos dizem o mesmo, todos fazem o diagnóstico, ninguém se chega à frente com soluções. Cavaco porque não o sabe (e como falhou ele, descontando os rios de dinheiro que chegaram da Europa), os outros (SEDES incluída) porque estão demasiado comprometidos com o que já se fez e se faz.

Transparentes

«[...] os partidos políticos não têm sabido assumir a sua responsabilidade no sentido de serem um exemplo de transparência e cumprimento da lei, nomeadamente ao nível do seu financiamento, das suas contas e dos seus gastos eleitorais [...]». Quem escreveu isto? Os senhores do «Compromisso Portugal — de que Diogo Vaz Guedes, então líder da Somague, é um membro destacado». Começamos a perceber melhor a transparência defendida por estes senhores.

Sede de protagonismo

A SEDES mandou cá para fora um comunicado que parece uma coisa excepcional. Não é. "Portugal está à beira de uma crise social de contornos difíceis de prever", dizem. Com elites destas, profissionais do pessimismo que não conseguem ver o que já se passa, não admira. Estes senhores não sabem que a crise social já está aí, com 8 por cento de desempregados, e outros que escapam às estatísticas, a precariedade de contratos a prazo, os quase 20 por cento de pobres, os licenciados que acabam em trabalhos com baixas qualificações, os gestores que ganham 32 vezes mais que os trabalhadores. O que eu queria era ver estas elites dizerem-nos um caminho a seguir, que não seja o discurso batido (e já aplicado, que ajudou também à crise que aí está) do despedimento fácil dos trabalhadores. Aí, eu entenderia o "bruá" à volta do texto da SEDES.

O óbvio explicado aos que insistem em não ver...

«O jogo de futebol entre o Benfica e o Nuremberga, transmitido quinta-feira à noite pela TVI, foi o programa mais visto desse dia, ficando muito à frente do Basileia-Sporting, transmitido à mesma hora na SIC. O jogo da Taça UEFA Nuremberga-Benfica obteve, de acordo com dados hoje divulgados pela Media Monitor, da Marktest, uma audiência de 17,6 por cento (número médio de portugueses que viram pelo menos parte do programa), o que significa que foi seguido por cerca de 1,5 milhão de portugueses. O encontro conquistou ainda uma quota de telespectadores de 39,6 por cento. Já o jogo, também da Taça UEFA, entre o Basileia e o Sporting, cuja transmissão teve início dois minutos depois do encontro do Benfica, registou um share (número de telespectadores que sintonizaram o canal pelo menos uma vez durante o tempo em que estiveram a ver televisão) de 23,9 por cento e uma audiência de 10,6 por cento. Estes valores colocaram o jogo do Sporting na sexta posição entre os programas mais vistos do dia.» [da Lusa]

Cinco minutos à Benfica

Dispensava-se esta necessidade de sofrimento. (E ainda dizem que o Benfica não é a imagem deste país.)

21.2.08

Final countdown

A (alegada baixa) produtividade explicada

«As desigualdades sociais em Portugal são as mais elevadas da Europa e devem-se, sobretudo, ao fosso entre salários determinados pelo nível de educação.»

Fraca memória

Ler para crer: «o Tribunal de Contas tem desempenhado o seu papel sem estar enredado em lealdades partidárias»; «Com o chumbo de Guilherme d'Oliveira Martins - que foi colega de Costa no Governo de Guterres». Alguém que traga os textos da direita blogosférica a zurzir forte e feio quando Oliveira Martins foi nomeado para o Tribunal de Contas. Lembram-se? Era o polvo socialista, pois era.

Ao cuidado do sr. Alberto

«Os madeirenses não querem a independência, nem acreditam em discursos políticos a apelar ao separatismo. 72,2% dos inquiridos responderam "Não" à pergunta "A Madeira deve ser independente?"» Façam a mesma pergunta aos continentais.

20.2.08

Compreende-se

Uma certa direita

Na blogosfera, uma certa direita muito intelectual e ciosa dos tempos difíceis que vivemos (mas que pactuou alegremente com o menino guerreiro) anda a tentar descobrir a identidade de alegados assessores de imprensa que têm blogues. Resolveram meter-se com um, Miguel Abrantes, que por ser muito crítico destas direitas e alinhar pelo discurso do PS-Governo (há quem o defenda, pois há, e não são só assessores, mesmo a avaliar pelas sondagens em queda) foi crucificado: aqui d'el rei D. Carlos que o homem é 30 assessores ao mesmo tempo, perigosos inflitrados a escreverem no seu blogue. Ora, o Miguel, conhece-o quem com ele fez o Sim no Referendo não é assessor. Mas nada como acusar sem provas, apontar o pelotão de fuzilamento, e depois assobiar a pedir-lhe provas. Esta certa direita não é inocente: vegeta nos blogues e tomou o poder no PSD-PP com Santana e Portas e deseja-o agora com Menezes (e há uns outros no PP). Mas bem sabemos, a liberdade de expressão está em perigo por causa de não sei quem e da lei do tabaco.
[ler também aqui]

Megalomanias

Fernando Negrão falou grosso, na SIC, sobre o chumbo do Tribunal de Contas ao empréstimo da Câmara de Lisboa. O pedido era megalómano, insistiu. O sr. Negrão, desaparecido há meses da CML e que é quem mais falta dos vereadores, resolveu dar um ar da graça, esquecendo-se que megalómano foi o PSD ao endividar-se como se endividou. E os lisboetas é que pagam a factura, mas a Negrão isso pouco importa.

19.2.08

A culpa nunca é do chefe

A Somague foi condenada em 600 mil euros por financiamento ilegal ao PSD. Vieira de Castro (ex-secretário-geral-adjunto do PSD) e Diogo Vaz Guedes (ex-CEO da Somague) também foram responsabilizados. José Luís Arnaut, ex-secretário-geral do partido, foi ilibado.

País

Há um certo País que acha que quando se fala de um País se está a centralizar tudo. Cai uma pinga em Lisboa e protesta-se porque o resto do País não quer saber. O País todo devia querer saber. Os erros daqui são os de todo o lado, como volta e meia as tragédias por todo o território o demonstram.

18.2.08

Chove devagar neste país

E entope-se depressa.

Velhos trapos

O anúncio passa no cinema do El Corte Inglés, numa sessão para maiores de 16. Há algumas pessoas mais velhas na sala. No ecrã vê-se uma senhora idosa a atravessar numa passadeira, com sinal verde, carregada com um saco de compras. O saco rompe-se e caem frutas e outras coisas. A senhora olha em volta a ver se alguém a ajuda, mas numa paragem de autocarro jovenzinhos de ar muito executivo, abrem de repente o jornal e fazem de conta que não é nada com eles. O anúncio termina com uma frase: Metro, o jornal mais lido em todo o mundo - ou coisa que o valha.

O jornal Metro tem a mania que se destina à "Sara, 28 anos, profissão liberal, solteira, que vive com gatos". Um jornal cool, para os metropolitans (o que quer que isto seja!), que se diz «líder absoluto com 774 mil leitores diários». Se as senhoras velhinhas, para quem os senhores do Metro escondem a cara, não lessem o Metro, o jornal não seria líder absoluto, nem de perto nem de longe. Nesse dia, talvez deixassem de fazer anúncios que são um vómito, com jovens idiotas e egoístas, mas que (alguém lhes diga!) também não lêem gratuitos, só vão a castings de anúncios.

17.2.08

Este tempo cinzento

«Orgulhoso, livre e independente». O Kosovo anunciou há minutos, assim, a sua independência. Orgulhoso também pode ser "altivo; soberbo; vaidoso; presunçoso".

Este tempo

The Portrait Gallery, Londres (foto MM, Mar/06)

Balões (outra cor)

16.2.08

Balões

A mulher levava seis balões amarelos no seu regaço. Fui a viagem toda a perguntar-me se vinha de ou iria para uma festa. Não o percebi, ela não deu pistas. Mas aquela carruagem do metro teve outra cor durante 20 minutos.

Just leave it like that, okay?

15.2.08

14.2.08

A fechar, o dia

Irmã Lúcia

Não percebo porque Fátima é excepção nos exemplos de santidade a dar aos cristãos. Foi com Jacinta e Francisco, beatificados por sacrifícios que não se pedem às crianças; é com a Irmã Lúcia, que se antecipam os prazos, como com João Paulo II e a Madre Teresa. Mas, se a estes dois vejo obra que nos sirvam de exemplo, à pastorinha só se descobre uma vida de contemplação. Pouco, para tão grande excepção.

[actualização]

Andam os jornais distraídos com o Mourinho e o Sapo fez a contratação do ano! (Imodéstia.)

13.2.08

A transferência do ano

Fartei-me de ter porteiro no E Deus... (o Blogger resolveu dizer que aquilo era "reprovável"). Contactado pelo Sapo.pt não hesitei em mudar: a nova morada para horas de contemplação agora é esta - http://edeuscriouamulher.blogs.sapo.pt/. Até que a vista nos doa.

Solsbury Hill

12.2.08

Contentinho

Diz o PGR (já viram como se acotovelam os nossos responsáveis para dizer inanidades?!) que o facto de existirem processos já é bom. Pois: eu espero há um ano e meio que o Tribunal de Trabalho se digne a chamar-me para julgar o meu despedimento ilegal. Felizmente, não dependo da bondade desta Justiça. Mas o PGR deve estar contentinho da silva: o meu processo está lá, parado.

A ponte é uma passagem

Haja pontes. Agora saltam ideias para travessias do Tejo de todos os lados. Eu, por mim, tapava o rio, de Vila Franca ao Bugio, e dava a concessão ao senhor Ferreira do Amaral, a virgem pudica que também acha que o bastonário deve provar as acusações que fez.

Um ano depois

«Responsabilidades. O Sim ganhou. O país ganhou. O Estado secular ganhou. Agora é tempo de tornar o aborto mais raro, precoce e seguro, acabar com a liberalização de vão de escada. É tempo de despenalizar.»

[Inquietante inquietude de tantos "da vida" que agora acusam os do Sim de não haver tantos abortos como era suposto! Hmmm... Repito este post para se lembrar o óbvio da campanha de então: torná-lo mais raro...]

11.2.08

Coerências (mais)

Escreveu Pacheco: «Nós deveríamos ser o país com melhor informação sobre Timor, depois da Austrália. Temos lá jornalistas dos órgãos de comunicação do estado dentro de uma ideia de "serviço público". No entanto, acordamos sempre com novidades cujo contexto desconhecemos, desenquadradas de tudo, e foi preciso que Mário Alkatiri fornecesse uma interpretação política do que estava a acontecer...»
O mesmo Pacheco que se queixava que a nossa comunicação social tinha Timor a mais, agora parece desconhecer o que se escreve de Timor todos os dias. Não sabe que há dias a Lusa noticiava os ataques de Reinado e as reacções dos dirigentes timorenses e procurava enquadrar estes incidentes.
É o mesmo Pacheco que devia saber que Alkatiri não se chama "Mário".

[post cozinhado no msn, com o Rui]

10.2.08

"Aos domingos, vou à bola"

Música esquecida a dos Manifesto, quando se ia aos domingos à tarde à bola e se ficava marado da tola. Às 15h, de Inverno; às 17, no pico do Verão. Hoje, ao ouvir o relato do Sertanense-FC Porto na rádio, lembrei-me das tardes agarradas ao transístor. Os miúdos nas bancadas aos berros ("é falta!, gatuno!"), que vinham pelas ondas da TSF, sublinharam o óbvio: o Sertanense foi o vencedor ao dizer não aos milharzinhos da Tv para passar o jogo à noite. Seria uma festa na mesma; assim, foi mais genuína.

Óscares

Já está. Os argumentistas voltam ao trabalho, the show must go on, e todos parecem ficar a ganhar. Também teremos tapete vermelho. Ganhamos ainda mais.

World Press Photo of the Year 2007

Tim Hetherington, UK for Vanity Fair.
American soldier resting at bunker, Korengal Valley, Afghanistan, 16 September.

Alguém sabe alemão?

«Die Kunst der Gehirnwäsche # 46: Wo der Spießer sich angestoßen fühlt, warnt der Milliardenkonzern!» [isto a propósito disto]

8.2.08

Barcelona



Do último filme de Woody Alllen
(quase copiado daqui)

7.2.08

Maddie

O caldo já está entornado há muito pela PJ. Com os olhos do mundo postos cá, espanta ainda a incapacidade em saber lidar com o caso. O melhor é fechar a casa, e pôr o país à venda. Ou pelo menos dá-lo. (Ainda assim, é melhor aguardar pelos resultados das eleições aqui ao lado. Mal por mal, com Rajoy, é melhor fazer uma jangada de pedra só deste canto.)

Liberdades

Tudo preocupado com a necessidade de esfumaçar na rua, e o Blogger anda preocupado com a estética de Deus.

Coerências

Pacheco sobre a demissão de Correia de Campos, achou mal: era cedência à rua, sinal de fraqueza. Sobre Alípio Ribeiro, Pacheco acha que ele devia ter sido demitido na hora. Já não é cedência à rua.

6.2.08

Indecision 2008 (follow the elections)


Funny coverage

Piada de Carnaval (II)

Não acho piada a propostas como as de Van Zeller. Já o disse aqui, muitas vezes, estes senhores propõem estas coisas porque falam de barriga cheia. Eles não correm riscos (como empresário, alguém me diz um negócio de risco que esse senhor tem ou fez?), eles podem falir negócios que logo abrem outro sem que ninguém os responsabilize. Os nossos empresários são maus e irresponsáveis, e em alturas de crise só falam em cortar nas pessoas. Eles que vivem com salários milionários, à mínima dificuldade querem reduzir os contratados a prazo, os estagiários com senhas de almoço, os que pouco recebem. Nunca lhes passa pela cabeça cortarem nos seus salários chorudos ou regalias obscenas. Eu por mim aceito despedir para renovar os quadros. Mas limito-me ao sr. Van Zeller e aos empresários que ele representa. A produtividade deste país é baixa por culpa de um empresariado mau e sem capacidade de risco. Não os podemos despedir?!

5.2.08

Piada de Carnaval

A CIP quer poder despedir apenas para "renovar os quadros". Podemos começar pelo sr. Van Zeller, ok? E ficamos por aí.

4.2.08

O federalismo europeu nos EUA

Le Divorce

Polícia Sem Pedagogia

O passeio largo era usado por moradores e cargas-e-descargas e os peões sempre passaram bem. Veio a polícia, e bloqueou. Agora, os carros páram todos em segunda fila.

Uma brecha no abuso da TvCabo

Quando um qualquer canal estrangeiro transmite competições desportivas que a SportTv também passa, a TvCabo trata de codificar o sinal desses canais. Tudo para nos obrigar a assinar a SportTv. Esta noite comprovei mais uma vantagem do novo Meo cá em casa: o NASN transmite a final do Superbowl, sem imagens codificadas...

2.2.08

Verdades (in)cómodas

O jornalismo questiona, investiga, pergunta, incomoda, noticia. O primeiro-ministro responde, esclarece, informa, confessa, nega. Para quem se exceder, há mecanismos de reprovação. Só não deve haver quem ache que isto é cortar a liberdade.

O homem que não gozou o Carnaval, quer agora que gozemos a data e não falemos de política. Apre!

«O Presidente da República apelou hoje "à descontracção" e a que "não se fale de política por ser Carnaval", escusando-se a comentar as notícias sobre o primeiro-ministro. [...] "É bom que tenhamos agora quatro dias em que não se fala de política para os portugueses não pensarem nisso e os próprios políticos poderem gozar com tranquilidade", disse Cavaco Silva aos jornalistas.» [da Lusa]

1.2.08

O rei e o cardeal... e a leiga

O cardeal celebrou pelo regicídio. Deferências por um regime que alguns democratas não mereceram.

Ministricídio

«Regicídio: Cavaco Silva rejeita responsabilidade na demissão de ex-ministro da Saúde Correia de Campos» [título da Lusa]

Portugal no seu melhor


foto Rui Gaudêncio/Público
José Sócrates terá assinado projectos de arquitectura e engenharia que não eram seus, diz hoje o Público. Mais do que supostas ilegalidades, o que me parece grave é ele ter aceite assinar aquelas casas. São um pavor, o verdadeiro roteiro do mau gosto que destruiu o país rural.



Politicamente: «Que ele tenha aposto a sua assinatura, há décadas, como é prática comum (o que aliás diz muito sobre essa coisa de “nem pensar ter privados a licenciar projectos que isso ia ser uma corrupção desbragada”) em projectos alheios, é coisa que o tuga ainda se apressa a perdoar, como perdoou a fanfarronice de se fazer passar por engenheiro. Foi há décadas, o homem nem sonhava vir a ser primeiro-ministro, era ingénuo, o país não dava oportunidades...» [Adolfo Mesquita Nunes, A Arte da Fuga]

[actualizado: a SIC divulga na íntegra a resposta de Sócrates. Não se compreende porque o Público não o fez na sua edição online (entendendo as limitações na edição do papel).]