23.7.07

Trancas à porta

Paulo Portas não fez qualquer leitura sobre o exercício da política em Portugal. Alimentou um suposto tabu, para entreter e sacar da cartola um tiro ao alvo do segredo de Justiça cujas «24 violações» teriam prejudicado a candidatura a Lisboa. No discurso castrista (pela duração, como Fidel, pela secura, como o ex-líder deposto Ribeiro e Castro), o antigo director de O Independente do caso fax de Macau, dos hemofílicos de Évora e de muitos outros casos judiciais verberou (pasme-se!) essa violação do segredo de justiça. Não vale a pena lembrar estas contradições. O exercício da memória (esse sim) há muito que se esfumou da política. Para não falar do pudor.