O Oita quando inaugurou nos anos 80 era o maior centro comercial de Aveiro. Três pisos pequenos de lojas que eram em tudo novidade. Uma sala de cinema, cine-estúdio, que vinha rivalizar com o 2002 e dar a machadada que faltava no Aveirense. Tinha uma croissanteria de comer e chorar por mais, nas variantes salgadas ou doces (o de ovos moles é digno de memória). A Bijú que hoje se vê em Lisboa começou ali, um pequeno recanto a vender borrachas de cheiro e canetas coloridas, muito diferentes das staedtler para apagar o que as bic escreviam. E a discoteca Estúdio Um que me fez descobrir a 4AD ou a Les Disques du Crépuscule. Quando chegou o Fórum, já o Oita (há quem carregue no í ou abra o á final para tentar ler à japonesa, embora a maioria aportuguesasse o nome) definhava. Agora, o centro volta e meia anda nas bocas de muita gente. Há uns tempos, uma loja fazia propaganda à ETA, agora há uma loja de «drogas legais». O Oita anda com um cheirinho de delírio.
