23.8.06

Chamem-lhe um cigarro

Não sou fumador. Não gosto do tabaco em lugares fechados, como locais de trabalho ou de lazer. Mas o absurdo, a caricatura e o fanatismo de quem "limpa" o tabaco de filmes do Tom & Jerry obriga-me a concordar com Vasco M. Barreto [no post Ode pífia a André Malraux, de 13/8/06]: «Estes [...] episódios são péssimas notícias para a causa dos não-fumadores e dão aparentemente razão a quem vê numa ambição razoável - proibir o fumo em espaços públicos fechados - a ponta do iceberg de uma cruzada antitabagista que faz dos fumadores criaturas a exterminar.» Nestes tempos de extremismos apetece estender estes simples avisos a outras áreas: ser contra a guerra não é ser-se anti-semita, ser-se contra a política de Bush não é ser-se anti-americano. De facto, e cito Barreto de novo, «enquanto se perde tempo com estas diversões, fica por fazer o essencial».