31.5.05
Mea culpa
Interesses
Ah! E os filmes são "Os Sonhadores" e "Mulher Fatal". Vejam(-nas).
30.5.05
Há noites assim!
Sábado passado... na Dois e na SIC. A noite fez-se em boas companhias: Eva Green e Rebecca Romijn-Stamos. E não fiquei, estúpido, a provar uma qualquer ruiva.
Os pais morangos com açúcar
Os senhores-pais-juntos devem ser os mesmos que depois ouvem animadamente, à mesa de jantar, os comentários dos petizes sobre os "Morangos com Açúcar", a novela que nunca mais acaba da TVI, e cuja educação sexual se resolve entre os vales dos lençóis dos pais ausentes e a marmelada no bar da escola com sms à mistura. Os professores da série também gostam de ter um papel activo na disciplina. Mas aqueles manuais é que devem ser banidos, ah pois é...
[Aos puristas: não quero censurar a novela que os catraios gostam. Não tenho é paciência para pseudo-moralismos destes papás...]
A piada do coxo
Zás! O meu vizinho da drogaria, sportinguista, não perdoou ao ver-me a coxear...
29.5.05
Poucos festejos (nota editorial)
O "não" francês ganhou. Mas pode ser que os eurocratas agora acordem.
E não quero saber do que disse o reitor do santuário de Fátima. Mas não gosto que estes senhores da Igreja continuem a excluir.
27.5.05
Três dias sem feira
26.5.05
Registo quase clínico
25.5.05
Dos livros
O sim do não ou talvez
24.5.05
Eu também gostava
Angelina Jolie, representante da Unicef, numa acção num campo de refugiados no Paquistão.
23.5.05
Às vezes
A lista de notáveis ainda lá anda por casa, mas o Francisco deixou de esperar e criou o seu blogue, sem ajuda. Aos oito anos, o rapaz quer ir ver o Star Wars e pediu para ver os outros episódios... E chamou ao seu blogue Terra do às vezes, porque "a terra do Nunca é do Peter Pan" (o nosso caro jmf foi salvo pelo rapaz de verde!).
[boicote à festa]
11 anos
[foto Andre Kosters/Lusa]
[actualizado: a coluna de blogues que nos deixam KO! esta semana é "monovermelha". Nela recuperamos alguns dos mais belos textos sobre futebol e sobre o Benfica - escritos muito antes de sermos campeões. Faltou-nos, este ano, aquela lucidez...]
22.5.05
Enquanto isso...
19.5.05
A mão de Deus
Scarlett Johansson, em A Love Song for Bobby Long.
Enquanto aguardamos uma certamente deliciosa explicação sobre a «estranha cumplicidade» de JMF «com um certo e determinado número de blogues que veneram tão poderosa dama», remexemos no baú da memória. E depois deste filme, que resultados teria a sondagem antiga (também) de JMF, que agitou nos idos de 2004 a blogosfera?
Choque na educação
De esquerda: socialista, católico, secular, republicano
Bola ao post
18.5.05
Morte em Cabul
exibição do programa de Rezayee em Cabul
"Um cirurgião italiano a trabalhar em Cabul, Marco Garatti, telefonou-nos para informar que o corpo sem vida de Shaima Rezayee tinha sido levado hoje para um hospital dirigido pela ONG italiana Emergency", disse Enrico Piovesana, membro da rede de informações italiana Peacereporter.net.
Shaima Rezayee tinha sido demitida em Março do canal de televisão privado afegão Tolo TV, onde apresentava desde Novembro de 2004 o programa musical "Hop".
"A sua personalidade não encaixava nos nossos critérios", indicou um dos responsáveis do Tolo TV, sem precisar quais seriam esses traços de personalidade.
A jovem, com reputação de liberal, nomeadamente em relação às normas da sociedade afegã, tinha sido severamente criticada pelos responsáveis religiosos locais, que consideravam a emissão desrespeitadora dos princípios do Islão.
Desde o seu despedimento que Shaima não voltara a trabalhar.
Números
Os Três Duques!
Johnny Knoxville como Luke Duke, Jessica Simpson como Daisy Duke e Seann William Scott como Bo Duke
Esqueçam a Guerra das Estrelas, o Sporting na UEFA ou o défice orçamental. Parece que vem aí o filme dos Três Duques (sim, The Dukes of Hazzard)!
Para os saudosos, há sempre o DVD da série (edição americana), com Catherine Bach e os calções e os tops e os outros e o carro.
A palma de Cannes
À escuta
17.5.05
Maria Madalena
E se assim se elide a Monica Bellucci do ideário cristão. A iconoclastia também é isto.» [E.P. Sanders, A Verdadeira História de Jesus (The Historical Figure of Jesus), comentado por Bruno Sena Martins]
Às escuras
Viaduto Duarte Pacheco, Lisboa (foto CML)
O perigo já foi assinalado muitas vezes em vários jornais: à noite, quem vem de Monsanto em direcção às Amoreiras, em Lisboa, encontra o Viaduto Duarte Pacheco mergulhado na escuridão e um enorme ecrã a passar imagens que ofuscam qualquer condutor na curva de saída do viaduto. É este ecrã publicitário - certamente, fonte de belos rendimentos - que leva a Câmara de Lisboa a manter sem um único candeeiro aceso aquela via. Uma escuridão assassina.
Só coisas boas
Dois anos de eficazes tratamentos: o Almocreve das Petas. Benfiquista, culto, de esquerda.
16.5.05
Advogados de defesa
Um padre do Porto foi idiota, misturando o impossível e afirmando uma aberração. Terei de sair a terreiro, como católico que não esconde essa condição, demarcar-me da idiotice daquele senhor padre? Não me parece. Nem me parece que todos os católicos que debatem responsavelmente o aborto tenham de o fazer, como pedia ontem Ana Sá Lopes, no Público. Afinal, o que disseram para trás não chega? Ou terão de bater no peito sempre que um católico faz disparates? Afinal, terei de exigir, no futuro, aos bloquistas ou aos pró-despenalização (e já se disse aqui que a minha posição não coincide com um certo discurso da Igreja) que batam no peito e se demarquem das mulheres que berram a barriga é minha e outras idiotices descredibilizando desse lado o debate? O padre do Lordelo do Douro se quiser um advogado de defesa que o arranje. Mas eu não preciso de ser advogado de acusação todos os dias.
[actualizado: já viram o que era confundir o mau jornalismo que também se pratica no Público ou no Diário de Notícias com jornalistas bons daquelas casas? Ou não será assim, cara Fernanda Câncio? E já agora, da Igreja e da doutrina parece que todos sabem falar... Valia a pena os (alguns) jornalistas e bloguistas «informarem-se antes de serem lidos a opinar sobre tudo e mais alguma coisa».]
15.5.05
Voltar a encher o balão
14.5.05
Podemos não ganhar...
[a 13 de Maio]
Ansioterapia
13.5.05
Não me perguntem nada...
Porque acredito que podemos ganhar.
E porque os meus amigos também lá vão estar.
E os outros, podem ganhar, ser os maiores, ser tudo o que quiserem. Mas nunca vão ser do Benfica.
Nós somos.»
Os motivos todos para ter começado a ansioterapia.
Ao turista distraído
O feriado antes do 13 de Maio
12.5.05
"Intelectualidade" pífara
Nada que chegue ao verdadeiro movimento de intelectuais que se colocou a meu lado. Eça é que Eça!
Do estado dos jornais
2. A Bola resolveu portar-se bem esta semana, não falar mal dos árbitros, em nome do futebol. Domingo já se pode voltar aos insultos e ao agarra que é ladrão.
Sucesso de palmo e meio
Primeira miúda - Quero ser famosa para ser conhecida, aparecer na televisão e nas revistas, ser bonita...
Segunda miúda - Não, não quero. Depois vou na rua e fazem-me perguntas... Metem-se comigo.
A mãe de um miúdo - Claro que me sinto orgulhosa. Às vezes, até mais do que ele.
11.5.05
Nobre tarefa
10.5.05
9.5.05
Leituras obrigatórias
Assobiem comigo
8.5.05
Assim seja
[para anunciar que continuamos todos os fins-de-semana a mudar os discos e os blogues que nos deixam KO!]
[intervalo]
7.5.05
Jorge Perestrelo
6.5.05
Uma prenda assim
Statler e Waldorf
Chegar a casa e ter uma prenda destas à espera. Pode lá haver melhor! Obrigado, Nuno! I love it! I hate it! More! Buh!
5.5.05
Pode ser Vidago?
— Pacheco Pereira, aka jpp, faz dois anos de Abrupto, com festa a preceito, traje de gala e muito para se ver e ouvir. E ali se explica a razão de ser do título deste post.
Teatro acabado
4.5.05
Reconhecimento intelectual
[actualizado: E o guru da direita blogosférica brasileira resume o essencial do nosso modesto blogue: Adorarlas y no tocarlas!
E depois há uma mulher que faz o maior elogio de todos: "Uma mulher que se aborreça com isto, é uma criatura muito mal resolvida. Aconselho visitas salivadas a ambos os sexos de todas as tendências."]
Na coutada no macho ibérico
A história do caso não tem muito mais que contar: os dois rapazes deram boleia no carro de um deles a duas estrangeiras que viajavam pelo Algarve. Decidiram sair da estrada, para um campo de alfarrobeiras, num local deserto e sem casas. O resto da cena, violenta, já se prevê.
A história ficou conhecida porque o STJ, embora confirmando a condenação, desculpabilizou os dois rapazes. Depois de todos estes anos, não é menor o respeito pelo horrível episódio vivido por Svetlana e Dubrova. Sem conceder quanto à indignação que este tipo de actos suscita, citam-se de seguida trechos do acórdão (de 18 de Outubro de 1989, publicado no BMJ nº 390, de Novembro de 1989).
"... Se é certo que se trata de crimes repugnantes que não têm qualquer justificação, a verdade é que, no caso concreto, as duas ofendidas muito contribuíram para a sua realização. Na verdade, não podemos esquecer que as duas ofendidas, raparigas novas, mas mulheres feitas, não hesitaram em vir para a estrada pedir boleia a quem passava, em plena coutada do chamado «macho ibérico». É impossível que não tenham previsto o risco que corriam; pois aqui, tal como no seu país natal, a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la. Ora, ao meterem-se as duas num automóvel justamente com dois rapazes, fizeram-no, a nosso ver, conscientes do perigo que corriam, até mesmo por estarem numa zona de turismo de fama internacional, onde abundam as turistas estrangeiras habitualmente com comportamento sexual muito mais liberal e descontraído do que a maioria das nativas."»
[de um e-mail que anda por aí...]
Quando o blogue derrota o jornal
3.5.05
Aborto-ices
Cortina de fumo
Eu que não sou dado a grandes automobilites, descubro-me animado a discutir com o taxista a chapa e a potência do Ford Cortina 1300 Deluxe (1969), que o meu Pai guiava na minha infância. O embate surge, já perto de casa, quando Salazar conduz as habituais teses sobre isto já não é como era dantes. É impossível falar ao taxista de poesia.
2.5.05
Uma questão de método
- Olha que pedra mais esquisita. Parece uma pirâmide!
Começam a escavar, sem ferramentas, e desenterram uma pirâmide enorme.
- E agora?
- Avisamos a equipa arqueológica americana. Essa malta é profissional.
- OK!
Avisam a equipa americana, que vem com os seus jeeps, trailers, caravanas e helicópteros, cheios de aparelhos científicos. Entram na pirâmide e reaparecem... dois anos depois.
- Fogo, tanto tempo. O que averiguaram?
- É assim, responde o porta-voz dos americanos: após laboriosas investigações, averiguámos que esta pirâmide foi construída entre 1500 e 2500 antes de Cristo.
- Só?! Ao fim de dois anos, apenas averiguaram isso?
Chateados, decidem ligar aos alemães. Esses sim, são muito metódicos. Vêm os alemães, entram na pirâmide, e aparecem dois anos depois.
- Atão?
- Esta pirâmide foi construída no ano 2000 antes de Cristo.
- E mais?
- Bom, mais nada. Estes hieroglifos são muito complicados.
Muito chateados, os dois portugas tomam uma decisão:
- Bom, só nos resta comunicar à GNR.
Chegam dois GNR, entram na pirâmide e saem duas horas depois.
- Pronto. Já está.
- E averiguaram alguma coisa?...
O GNR saca do bloco dos autos e diz:
- Averiguámos que a pirâmide foi construída entre 12 de Fevereiro de 1858 e 22 de Julho de 1857 antes de Cristo, por ordem do faraó Ankhetop IV, e segundo projecto do arquitecto Tutmosis o Jovem. No dia da inauguração, chovia e um grupo de sacerdotes opunha-se ao acto, por considerar que, na noite anterior, tendo havido um eclipse parcial da lua, que estava em Capricórnio ... bla bla bla... e participaram 2118 escravos não qualificados, que tentaram uma revolta contra as lamentáveis condições laborais, que foi controlada no dia 5 de Setembro, com o resultado de 42 mortos e... bla bla bla... o custo total da obra foi de 48 milhões de libras de ouro puro e 13 libras de diamantes... bla bla bla... a esposa do faraó vestia um fato azul-turquesa de Perfilotes e... bla bla bla... a influência na língua pode ser comprovada no sotaque das terras altas que representavam a nobreza... bla bla bla...
- Ena! E como é que conseguiram saber tudo isto?
- Bom, não foi fácil, até foi bastante difícil. Custou bastante, mas depois de uma hora de porrada, a múmia falou!
Profano, como gosto
Pistas para mais debates
1.5.05
No sorriso louco das mães — a imagem
Duas jovens mães amamentam os seus bebés em público, em Las Palmas, nas Canárias, num evento para promover as vantagens da amamentação e para comemorar o dia da Mãe.
No sorriso louco das mães
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batem
os dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras. E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e orgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,
e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo.
São silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,
em volta das candeias. No contínuo
escorrer dos filhos.
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam
na combustão dos filhos. Porque
os filhos são como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior
de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudez de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até somente ser possível amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado
por dentro do amor.
Herberto Helder