N. apanhou esta manhã o táxi. Por causa do Dia Europeu sem Carros, pergunta-lhe o atento taxista. Não, tinha sido apenas uma arreliadora avaria do seu automóvel, justifica-se. Não é por menor convicção ambiental, conheço-o. Mas, que diacho!, por que tem ele de se esforçar se nem o Governo dá o exemplo?
Vejamos: para a direita no poder, o «folclore» desta iniciativa não merece grande empenho. Já percebemos: prefere-se o folclore em alto mar, a brincar aos navios de guerra. E vemos todos os dias: o trânsito mais caótico, o benefício do transporte privado, em detrimento dos transportes públicos (os passes vão aumentar), medidas avulsas que ajudam mais ainda ao caos da circulação (o Túnel do Marquês, em Lisboa, por exemplo).
Os pequenos exemplos ajudam a perceber: a Via Rápida da Liberdade, também conhecida por Avenida da Liberdade, em Lisboa, tem uns semáforos que permanecem sete segundos no sinal verde para os peões atravessarem cinco faixas de rodagem! Mesmo um qualquer Pepe Rápido teria de atravessar a avenida em passo acelerado.
Ou os grandes exemplos: o Governo não faz nada para dinamizar o transporte ferroviário (veja-se o caso recente da Linha da Póvoa, modernizada para o metropolitano, com ronceiras composições a fazerem uma hora e vinte minutos entre a Póvoa do Varzim e o Porto, com o voto favorável de Rui Rio). O prolongamento do eixo Norte-Sul (o comboio da Ponte 25 de Abril) a Setúbal, programado para o Euro foi adiado até ver. Nada de especial. Os governos PSD que polvilharam o país de auto-estradas e IPs foram os responsáveis pela destruição da rede ferroviária nacional.
Ouvir falar António Mexia dos transportes e do princípio do utilizador-pagador é de rir: ele que nunca tremeu no banco de um autocarro ou na cadeira do comboio... Ele que até queria um carro novo porque o seu ministeriável está velho de dois anos.
Por fim, uma "guerra" particular: fosse a classe jornalística menos automobilizada e mais utilizadora de transportes públicos e teríamos artigos inflamados semana sim, semana não, como temos quando a gasolina aumenta, o buraco naquela rua alarga ou as obras se arrastam no IC-qualquer coisa.
Vejamos: para a direita no poder, o «folclore» desta iniciativa não merece grande empenho. Já percebemos: prefere-se o folclore em alto mar, a brincar aos navios de guerra. E vemos todos os dias: o trânsito mais caótico, o benefício do transporte privado, em detrimento dos transportes públicos (os passes vão aumentar), medidas avulsas que ajudam mais ainda ao caos da circulação (o Túnel do Marquês, em Lisboa, por exemplo).
Os pequenos exemplos ajudam a perceber: a Via Rápida da Liberdade, também conhecida por Avenida da Liberdade, em Lisboa, tem uns semáforos que permanecem sete segundos no sinal verde para os peões atravessarem cinco faixas de rodagem! Mesmo um qualquer Pepe Rápido teria de atravessar a avenida em passo acelerado.
Ou os grandes exemplos: o Governo não faz nada para dinamizar o transporte ferroviário (veja-se o caso recente da Linha da Póvoa, modernizada para o metropolitano, com ronceiras composições a fazerem uma hora e vinte minutos entre a Póvoa do Varzim e o Porto, com o voto favorável de Rui Rio). O prolongamento do eixo Norte-Sul (o comboio da Ponte 25 de Abril) a Setúbal, programado para o Euro foi adiado até ver. Nada de especial. Os governos PSD que polvilharam o país de auto-estradas e IPs foram os responsáveis pela destruição da rede ferroviária nacional.
Ouvir falar António Mexia dos transportes e do princípio do utilizador-pagador é de rir: ele que nunca tremeu no banco de um autocarro ou na cadeira do comboio... Ele que até queria um carro novo porque o seu ministeriável está velho de dois anos.
Por fim, uma "guerra" particular: fosse a classe jornalística menos automobilizada e mais utilizadora de transportes públicos e teríamos artigos inflamados semana sim, semana não, como temos quando a gasolina aumenta, o buraco naquela rua alarga ou as obras se arrastam no IC-qualquer coisa.