Pilatos

E Paulo Teixeira Pinto decidiu pessoalmente sair do banco, por ser a melhor solução para o BCP. Há nesta tragédia fraterna, um odor de quem lava as mãos...

Redundâncias

Um jornal diário anuncia-se no outdoor que diariamente tem milhões de leitores em todo mundo. Mas a campanha sai para a rua quando o jornal alegadamente diário não está nas ruas.

Privado

Os 35 hospitais entidades públicas empresariais (EPE) diminuíram o prejuízo em 57,4% no primeiro semestre do ano, face ao mesmo período do ano passado, diz o Ministério de Correia de Campos. Não admira! Com a venda e privatização acelerada do Serviço Nacional de Saúde...

Há dias assim

... mas continua a ser o nosso herói.

A autoridade acima de tudo

«O coronel Steven Jordan, absolvido terça-feira de todas as acusações relacionadas com o escândalo das sevícias na prisão iraquiana de Abu Ghraib, foi hoje apenas alvo de um repreensão por ter desobedecido a uma ordem.» E que ordem foi essa? «Foi considerado culpado de ter evocado o caso em duas mensagens electrónicas enviadas a um colega, na Primavera de 2004, depois de ter recebido ordens para não discutir o escândalo.»

Nacionalidade

«(...) Alguns hão-de ter nomes comuns, como Nelson Évora (nasceu na Costa do Marfim, tem pais cabo-verdianos, vive em Portugal desde os seis anos e adquire a nacionalidade portuguesa aos dezoito), outros chamar-se-ão Bosingwa (nasceu em Kinshasa) ou Obikwelo (nasceu na Nigéria). É isto a alma portuguesa, senhores.» [FJViegas]

Memória

Os três episódios do Herman despejados ontem mostram-nos a falta que faz uma Herman Enciclopédia ou um Humor de Perdição, para digerir este país. Os gatos voltam em Setembro, mas eles sempre disseram o óbvio: o Herman foi o máior. Apetecia actualizar o tempo verbal.

Saudades de Mohammed Saeed Al-Sahhaf

o antigo ministro da Informação de Saddam Hussein

Não pirilamparás a mulher alheia

Baladeiro Carrascão

Pequenos prazeres

Levei nas orelhas por ter dito que o nascimento da Rita era uma pequena alegria. Por serem nossas, de um grupo pequeno, expliquei-me, que não tem quase nada a ver certamente com os mais de 250 leitores diários deste cantinho. Mas, sim, também penso que os pequenos prazeres dos nossos dias são assim: enormes. Só nossos. E nem este tempo cinzento dá cabo disto.

[pausa]

O blog "público" segue dentro de momentos, mas a Cibertúlia sempre se fez destas pequenas alegrias.

Já está [post para os amigos]

Nasceu a Rita! A miúda e a mãe estão bem. O Lucas diz que é "muito bonita".

[actualizado: o pai e o irmão estão naturalmente contentes com a notícia madrugadora...]

Há quem pudesse dizer que este cartoon é uma metáfora deste país. Nós preferimos rir, perante a dúvida do utilizador

Simples

Vão por mim: Eurosport. Directamente de Osaca, os mundiais de Atletismo. Gosto, pronto.

Alhos e bugalhos

Lê-se: "O jornal do Vaticano L'Osservatore Romano definiu esta sexta-feira como «imunda» a película romena «4 luni, 3 saptamini si 2 zile», do realizador Cristian Mungiu, sobre um aborto, premiada com a Palma de Ouro no último Festival de Cannes." Depois: «Agora que as cenas de sexo - escreve o jornal - saturaram qualquer tipo de atracção chega um novo golpe baixo para a dignidade do espectador». Estranha mania de misturar estas coisas.

Império sentido

Fizeram esta maldade ao báculo da estátua de D. João Peculiar, bispo bracarense. A maldade seria certeira numa estátua a D. Eurico. Assim, sobra o mau gosto ou a incompetência do escultor. [foto João Abreu Miranda/Lusa]

EPC, II

... e apeteceu-me ouvir Mayra Andrade, mas tropecei no Requiem de Fauré. EPC ouve os dois com o mesmo prazer.

EPC

Soube agora, li no Still Kissin, da morte de Eduardo Prado Coelho. Nos últimos tempos, crítico da blogosfera, tornara-se um alvo deste meio, a que também me juntei em crónicas que me exasperavam (também as havia). Mas ao contrário de outros, que pavoneiam uma infelicidade de vida, EPC desunhava-se a ver, ler e ouvir tudo - e aí era uma delícia lê-lo sobre Mayra Andrade... ou outras vozes da música ou do cinema.

Alka-Seltzer

Lembram-se da azia, do enjoo, das facadas na incubadora? O homem não se cala, mesmo. Não há quem lhe diga, de uma vez por todas (os amigos a sério dir-lhe-iam as verdades), que ele foi o pior primeiro-ministro português de sempre, um erro de casting absoluto, um mal objectivo para o país?! Pelo menos, ó amigos do rapaz, dêem-lhe um alka-seltzer.

Cavalheiro...

O país pelas páginas que fingimos não ver.

Cinema assim

Bem sei que nós rapazes temos lá o nome, mas portamo-nos mal. Melhor: portamo-nos bem, deixamos a Rita, merecidamente, brilhar. O Cinerama comemorou três anos este mês. Os rapazes continuam a portar-se mal...

Amigordo

A obesidade é socialmente contagiosa, dizem dois peritos americanos. Ou seja, "quando um amigo engorda o nosso peso aumenta". Felizmente, para mim, o N. começou a ir ao ginásio. Uff!

Eurotostões

A quebra nas vendas do Euromilhões no primeiro semestre deste ano está a afectar negativamente as contas públicas, uma vez que parte dos lucros com os jogos sociais constituem receitas do Estado, diz hoje o Público. O Estado joga à sorte e dá-se mal. Devia antes procurar que as pessoas tivessem dinheiro e não andassem aos... tostões. Já não teria quebras destas.

Desportos de Verão

Selecção de voleibol italiana, no Campeonato Mundial na China.

TV

Malu Mader. A adolescência irrompe na TVI, a estas horas. Fraquejo, e o zapping pára.

34

Death Proof e Tarantino, casamento e divórcio, burgueses e adúlteros, Jesus e Nietzsche, sociólogos e tagarelas, noves fora 34: o Estado Civil voltou de férias.

Respigadores

Uma reportagem para ver: Olmo Calvo Rodriguez para Prensa De Frente

Meus senhores...

Não percebo porque se queixam de Lisboa em Agosto. Não andam pelas ruas, é?

Soberba

Em Budapeste, há um ano e meio, enamorados enamorámo-nos desta Ponte, a das Correntes, que atravessávamos uma e outra vez, com o vento a bater no rosto, os cabelos soltos, para o lado de Peste, ou de volta a Buda olhando a colina soberba. Hoje, aviões sobrevoaram o Danúbio enquadrados pelo Parlamento e pelas pontes. Arriscando a soberba.

Activistidiotas

Uns energúmenos destruíram um campo de milho. A GNR ligou pouco, e mal. Os tipos - que não defendem assim qualquer ponto de vista qualificado - merecem ser punidos. No Abrupto descobre-se, por um leitor, que «o porta-voz dos verde eufémia [o movimento radical] pode ser visto em detalhe aqui, onde se pode ler por exemplo: "Gostava de conhecer... Activistas para partir esta merda toda como deve ser!"»

Agora, o rapazinho actualizou o texto e diz que «Gostava de conhecer... Jornalistas medíocres que gostam de cuscovilhar as minhas brincadeiras com amigos do Hi5 para tentarem dar uma má imagem ao porta-voz de um movimento pacífico [kidding, right?] de desobediência civil...». A má imagem já foi dada pelo acto idiota e criminoso deste fim-de-semana, não pelo hi5.

Tufões destes há muitos

Só por uma vez estive sob a ameaça de um tufão. Andávamos desde manhã na cidade, e tirando um céu carregado, pouco me indicava o que se aproximava. Ao início da tarde, recebemos ordens para regressar à base, o campus universitário da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Não me lembro do nível atingido, da verdadeira ameaça que seria. À noite, pela televisão (as portas do edifício estavam hermeticamente fechadas), assisti ao que significava aquilo tudo: ventos ciclónicos a fazerem voar os andaimes de bambu, ou ramos de árvores, ou a jornalista que insistia em fazer o directo da rua. Mas como tudo era falado em cantonês, a mim pareceu-me coisa distante, que nunca vivi a sério. Estava lá fora.

Como agora, com os furacões que atingem as Caraíbas, coisas distantes, que tentamos desesperadamente tornar nossos, ouvindo os turistas portugueses que por lá andam.

Domingo mínimo

Passa o avião, o cão vizinho que atormenta as manhãs cedo já se calou, o vento sopra. O dia começa.

Protela

Os defensores da Portela andam muito caladinhos. De Congonhas, ainda esboçaram uma reacção dizendo que não se comparavam as pistas. Mas agora com o pico do Verão, a greve do pessoal de terra, as malas extraviadas ou as esperas de uma hora ou mais, os check-ins caóticos, agora foram todos a banhos. De preferência, evitando utilizar a Portela.

Lembrar como devia ter sido

OBNI*

O Still Kissin' é um blogue de leitura obrigatória. Mas tem as suas épocas - umas vezes, o JMF fecha a casa, outras vezes põe-nos a Scarlett, só para olharmos. Agora, de cada vez que lá vou, vou parar a uma página do Lidl. Um novo tipo de publicidade?, um hacker no Still?, ou uma provocação morgadiana?

[* - objecto blogosférico não identificado]

Férias (II), em Lisboa

Não há que (me) queixar de Lisboa em Agosto: já não é o deserto agostiniano de antigamente e as ruas vivem-se com mais tempo e menos gente, mesmo que todos os caminhos pareçam ir dar às mesmas Romas de sempre. O leitor de jornais é que tem de ser perseverante. E o cliente do café. E o da farmácia cá do bairro. (E fecho a lista para não me queixar de Lisboa em Agosto.)

Férias

Uma, duas, três... quatro! As tabacarias em férias, ao mesmo tempo, em Campo de Ourique, acabam por fazer desesperar o leitor mais empenhado. Não podiam combinar a coisa?

Morte ao rei

O rei está vivo, não morreu. Não há jornal que não tenha repetido a fórmula por estes dias, por causa do Elvis Presley. Ainda não vi nenhum a ter coragem para dizer o óbvio: o rei morreu, pim!, morte ao rei. (E depois vamos ouvir a música. Só.)

Fresco

Gosto destas manhãs frescas, o sol morninho, como quando miúdo íamos para a Praia Nova, na Barra, e a ronca do farol nos dizia que estava nevoeiro, fresquinho, a t-shirt vestida até que abrisse a primeira nesga. A praia era ingénua, nessa época.

Desacreditar de tudo

1. Vai-se à televisão e fala-se com subentendidos, meias-palavras e prometendo bombas.
2. Dias depois manda-se um documento anónimo, em alegado papel timbrado da PJ, e limpam-se os pecados veniais de um senhor mafioso (Pinto da Costa) para expiar todos os pecados noutro (Vieira).
3. Diga-se alto e bom som: se os "investigadores da PJ" são mesmo investigadores da PJ é uma vergonha escudarem-se no anonimato. Se é mais uma trafulhice inventada pela órbita deste senhor que há muito acha que manda neste pequeno mundo do futebol, puna-se.

Para memória futura: Também se sabe que houve uns "investigadores" que avisaram Pinto da Costa para ele fugir para a Galiza.

Moleza

Dizia o Globo, na edição desta terça-feira, que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, esteve por estes dias no Rio, «de moleza». Eu por mim, era Barcelona, só Barcelona, nada mais que Barcelona. Com o Woody Allen, claro.

Acção! (o set do Verão)

Scarlett, Penélope, Woody
(clicar para aumentar a cena)

[Actualize-se: este post devia ter outro título, olhando para a foto: "O Verão, frente e verso". Talvez isto]

Trevas, luzes

E Fátima? A História crítica criticada aqui.

Trevas

A guerra do BCP, que cuidadosamente ignorámos, mostra-nos o verdadeiro rosto que há muito se percebia: deus nosso senhor nunca iluminou aquele banco, esta gente.

Fátima

De novo, Fátima a monopolizar os três canais: a transmissão do 13 de Agosto do Santuário, na RTP e na TVI... e "Fátima Lopes" na SIC. A emoção é a mesma.

Desejos

Just watch what I do

Peter, Bjorn & John, «Young Folks»

Ípsilon

Não sei se já o disse, mas na previsibilidade que é hoje o Público gosto muito de ler as reportagens de Inês Nadais, não apenas as de música/concertos. A de hoje, no Ípsilon, sobre Paredes de Coura, a vila, a pretexto de Paredes de Coura, o festival, é deliciosa. Um oásis de humor e bem escrever.

[disclaimer: não a conheço de lado nenhum, sou mero leitor]

Ternura

Enternecem-me estas atenções perante um senhor, Jorge Nuno Pinto da Costa, que é líder de um clube grande, mas parece sempre pequenino na hora de defender o que quer que seja. O despeito de antigos amantes nunca é bonito de se ver em público, de um lado e de outro. E enternecem-me ainda mais quem toma as dores de parto de cada um deles.


[À margem: e a queda de Pinto da Costa para um determinado tipo de relacionamentos parece mostrar que o senhor continua a ser pouco cauteloso...]

Convenção miguelista

Quando vi as férias anunciadas à porta, tive de procurar outro poiso para cortar o cabelo. No Salão Miguel, sou atendido pelo proprietário, que cumprimenta um outro cliente que entra: "Bom dia, Miguel". Resolvi omitir o meu nome.

CSI Maddie

Todos os dias vemos as equipas CSI a resolverem crimes em 50 minutos. Num ou noutro episódio (menos habitual), sobretudo na série de Las Vegas e, talvez, na de Nova Iorque, o sistema não funciona: há casos que acabam insolúveis, outros ambiguamente, alguns meros acidentes. Os próprios CSI-reais lá na América criticaram a série por criar uma mentalidade de infalibilidade destas equipas e dos seus métodos.

No caso Maddie, nem os nossos CSI têm a tecnologia sci-fi da tv (alguém terá?) nem a relação com a comunicação social é gerida à americana (e à inglesa). Tudo somado, temos uma imprensa britânica xenófoba - que critica métodos e práticas da PJ, quando estas são apenas diz-que-disse de «fontes próximas» na imprensa -, e que esquece deliberadamente as centenas de crianças raptadas em Inglaterra e cujos casos nunca foram resolvidos pelos bóbis, que parecem ser os melhores do mundo, incluindo cães (que não serão tão bons nos seus próprios raptos).

Quanto ao CSI, gosto muito da série de Las Vegas e um bocadinho menos da de Nova Iorque. A de Miami, está ao nível dos tablóides ingleses, a matilha acossada.

Tou?!

Por uma vez sou obrigado a dar a mão à palmatória ao brilhantismo de uma ideia do Sporting. Vão aqui, preencham os dados correctamente (nome e telemóvel) e aguardem...

* - de resto, não gosto da casa-de-banho gigante e continuo a rir-me com a tranquilidade do Paulo Bento...

Make it simple

Os nossos pró-americanos nunca criticaram os europeus naquilo que mais de criticável têm. Porque carga de água os europeus resolveram complicar nos carros?! A embraiagem não lembra a ninguém. Mas nisto, os nossos pró-americanos são uns franciús do pior! Chiraquianos!

O estado dos transportes

Agora que o calor aperta, o melhor local para se andar nesta cidade são os autocarros da Carris. Vão por mim.

Abrupta, a janela para o mundo

O blogue da actriz chinesa Xu Jinglei registou, em apenas 600 dias, cem milhões de pageviews, diz a CNN, o que o torna o blogue mais visto do mundo. Pacheco Pereira não compreende como pôde tal acontecer.

Coerências

Vital Moreira acha que Dalila Rodrigues foi bem despedida, por ter criticado a política de museus da tutela. Acho notável, este exercício da coisa pública: aprendi desde sempre a valorizar a crítica, construtiva ou não, para melhorar as coisas onde estava metido, inclusive em lugares de chefia. Já Vital acha que não, que se deve comer e calar. Agora percebo o seu afã em defesa do Estatuto dos Jornalistas. Só não percebo como o jovem Vital há uns anos procurou ser uma terceira via (no seu grupo dos Seis) do PCP sem pensar em demitir-se. Coerências de quem perdeu o bom senso.

Mergulho

Ao N.

Há cumplicidades que nascem de anos de encontros e música devidamente partilhada (não como agora, que se partilham ficheiros, mais nada) quando a aprendizagem se fazia de cassetes e vinis e, ainda, CDs, trocados - para ouvir, conhecer, falar e... ouvir. Chamem-me saudosista, esta noite ouço isto. Carreguem play, esqueçam o resto. O mundo pode tornar-se acessório, por uns instantes.

[The Cure, «The Hanging Garden», de «Pornography»]


[The Cure, «One Hundred Years», de «Pornography» (live, Glasgow 1984)]

Ele há coincidências

Quando o meu bom caro JMF publica no mesmo dia que esta casa, a mesmíssima foto de Scarlett em Oviedo, não é cópia de um ou outro (só hoje o constato), nem mera coincidência (dia, hora, post sem título, ele há cada uma). As coisas boas não se explicam. E obsessão é um palavrão neste caso.

Um ano

Há um ano, assim numa sexta-feira como a de hoje, talvez menos quente (faz amanhã, 4 de Agosto, um ano exacto), um tipo chamou-me de lado e sem apelo nem agravo invocou o período experimental de seis meses para me despedir ao fim de seis anos de trabalho. As convulsões desse Verão ainda não foram arrumadas (há um tribunal que ainda não me chamou), mas 365 dias depois já voltei a trabalhar e aquele tipo viu a porta da rua, por ninguém o suportar na redacção. A História (ainda incompleta) vai servindo-se fria.

Katrina, um castigo divino

«Esta decisão contraria uma outra, datada de Novembro, na qual os juízes concluíam que o texto que excluía os danos por inundações de algumas das apólices era ambíguo porque não distinguia entre cheias causadas por um acto divino (como as chuvas torrenciais) das cheias causadas por acto humano, que incluiriam o rompimento dos diques.» [in Portugal Diário, sublinhado nosso]

Mundos

Entre-os-Rios deu conta de um país terceiromundista. Agora que uma ponte cai em circunstâncias também trágicas nos EUA diremos o mesmo desse país?

1 de Agosto

O mendigo que todos os dias se senta naquele túnel da estação do metro, hoje não estava lá.

Scroll

Começar a descer o ecrã num blogue, ao acaso dos posts, revela-nos a imponderabilidade das coisas: agora apetecia extirpar Alberto João Jardim, dali (de tudo), deixar a beleza transfigurada em cinema, pousar o olhar, regressar ao Belo. A actualidade tem um modo violento, como a morte, de nos trazer ao que vale realmente a pena nos nossos dias. Mesmo na espuma dos dias, mesmo a derreter manteiga no umbigo destes dias.