A propósito de um suposto apagamento da Maddie do site do Vaticano, instalaram-se histerismos e teorias que acho pouco rigorosas. Em vez de se questionar o "jornalismo" da brevinha do Correio da Manhã...
Um exercício simples, para ajudar a decompor mais este cadáver:
A notícia do CM, com comentários meus entre parêntesis:
«VATICANO APAGA REGISTO DO CASO NO SITE OFICIAL
O Vaticano mandou retirar [como é que ele soube? não diz] na última sexta-feira qualquer referência ao caso Maddie do seu site oficial [onde estava essa referência no site, quem a fez, quem a tirou?], www.vatican.vat [nome errado, não tem o "t" final, o que demonstra pouco rigor], apurou [onde? junto de quem? não há fonte?] o CM. E isto depois de o próprio Papa Bento XVI ter dado especial atenção [que tipo de atenção foi dada, para além do encontro no final da audiência?] ao desaparecimento da menina de quatro anos, chegando mesmo a receber e abençoar os pais, perante uma multidão, em plena Praça de São Marcos. Foi a 30 de Maio, nem um mês depois do crime, que Kate e Gerry McCann partiram do Algarve em mais uma viagem de jacto particular, cedido por um multimilionário inglês, para a mais mediática iniciativa. Quatro meses depois mudou o rumo da investigação e a atenção do Vaticano ao caso, apagado [onde? como? por quem?].»
O que leio ali? Mau jornalismo.
Mais: o site do Vaticano não faz referência (nunca o fez) a quem o Papa cumprimenta no final das audiências de quarta-feira, apenas inclui o seu discurso onde costuma saudar de forma genérica alguns presentes (grupos especiais ou assim, como poderás constatar). Na altura, não fez qualquer saudação particular aos McCann, apenas em privado. Por isso, estranho que tenha existido qualquer coisa para apagar. E duvido muito seriamente que o CM possa provar onde estava essa referência que foi apagada.
Limitaram-se a fazer um search no motor de busca agora, nunca antes de certeza. Mas pronto, a Igreja Católica (e o Vaticano e este Papa) têm as costas muito largas. (E eu também critico o que tem de ser criticado, mas aqui tenho a certeza que se está a querer empolar o que não existiu.)
Um exercício simples, para ajudar a decompor mais este cadáver:
A notícia do CM, com comentários meus entre parêntesis:
«VATICANO APAGA REGISTO DO CASO NO SITE OFICIAL
O Vaticano mandou retirar [como é que ele soube? não diz] na última sexta-feira qualquer referência ao caso Maddie do seu site oficial [onde estava essa referência no site, quem a fez, quem a tirou?], www.vatican.vat [nome errado, não tem o "t" final, o que demonstra pouco rigor], apurou [onde? junto de quem? não há fonte?] o CM. E isto depois de o próprio Papa Bento XVI ter dado especial atenção [que tipo de atenção foi dada, para além do encontro no final da audiência?] ao desaparecimento da menina de quatro anos, chegando mesmo a receber e abençoar os pais, perante uma multidão, em plena Praça de São Marcos. Foi a 30 de Maio, nem um mês depois do crime, que Kate e Gerry McCann partiram do Algarve em mais uma viagem de jacto particular, cedido por um multimilionário inglês, para a mais mediática iniciativa. Quatro meses depois mudou o rumo da investigação e a atenção do Vaticano ao caso, apagado [onde? como? por quem?].»
O que leio ali? Mau jornalismo.
Mais: o site do Vaticano não faz referência (nunca o fez) a quem o Papa cumprimenta no final das audiências de quarta-feira, apenas inclui o seu discurso onde costuma saudar de forma genérica alguns presentes (grupos especiais ou assim, como poderás constatar). Na altura, não fez qualquer saudação particular aos McCann, apenas em privado. Por isso, estranho que tenha existido qualquer coisa para apagar. E duvido muito seriamente que o CM possa provar onde estava essa referência que foi apagada.
Limitaram-se a fazer um search no motor de busca agora, nunca antes de certeza. Mas pronto, a Igreja Católica (e o Vaticano e este Papa) têm as costas muito largas. (E eu também critico o que tem de ser criticado, mas aqui tenho a certeza que se está a querer empolar o que não existiu.)