7.6.07

Reformar a reforma

Conclui-se por estes dias que a produtividade não é culpa de férias e feriados. Os finlandeses têm mais e saem-se melhor. Os patrões explicam muita quota parte deste insucesso, pois explicam: maus gestores, preocupados com o imediato, sem vistas largas e duradouras. Depois, há o país que gasta demais onde não deve, nem tem: reformas milionárias, como as que o número dois do PSD à Câmara de Lisboa vai ganhar aos 53 anos, pela PT (empresa do Estado). Quando o Governo estende a idade da reforma para lá do sol posto, estes senhores reformam-se ainda novos para verear a cidade, a acumular dinheiros. Lembro-me dos desempregados: estes podem receber uns dinheiritos extra, se biscatarem coisas incertas, precárias e temporárias, até 50 por cento do salário mínimo. Leram bem: menos de 200 euros ao mês, a juntar ao lu(i)xo do subsídio de desemprego. Mas eles, os desempregados, é que são uma praga de preguiçosos e chulos. É, deve ser.