5.9.06

Frase feita: a esquerda manda na comunicação social
(working in progress)

O Independente acabou. Logo se ouviram os fantasmas aqui d'el rei, que a esquerda domina a comunicação social. Um olhar não exaustivo diz o contrário. Comecemos pelos diários, económicos e gratuitos.

Jornal de Notícias: não tem uma linha editorial ideologicamente marcada; jornal popular, que por isso assumirá posições de escrutínio do poder, sobretudo à esquerda.

Correio da Manhã: na mesma linha popular do JN, é conservador politicamente (acrescente-se ao escrutínio, a clara oposição ao PS de Ferro Rodrigues, num caso extra-política como o da Casa Pia).

Público: surgiu como jornal de centro-esquerda (por referência ao El País e pela direcção que tinha na fundação); hoje, tem um director que assume posições ditas liberais, mas que se confundem com linhas defendidas pela direita; a redacção e a restante direcção fariam contraponto, mas o jornal hoje é muito à imagem de José Manuel Fernandes. O painel de opinadores é variado, mas (de modo impressionista) com predominância da direita.

Diário de Notícias: o único diário que tem uma direcção à esquerda. Mas o jornal no conjunto assume uma linha editorial menos clara nesse "alinhamento" e no seu painel de comentadores (ainda que haja coisas menos "equilibradas", como o facto da "Geração de 70" ser representada apenas por dois "direitistas").

24 Horas: outro jornal que pelo seu estilo, popular, tablóide, acaba por se posicionar como contra-poder.

Portugal Diário: [em actualização]

Diário Digital: [em actualização]

Diário Económico: [em actualização]

Jornal de Negócios: [em actualização]

Destak: [em actualização]

Metro: [em actualização]

Jornal de O Dia: residual, quase uma excrescência, que pouco vende. De (extrema-) direita, conservador, aberrante.


[Este debate pode ser acompanhado aqui, aqui e aqui.]